Apagão na Europa afeta o Bitcoin: mais de mil validadores ficam offline

Na manhã desta segunda-feira (28), um apagão massivo atingiu a Europa. Mais especificamente, a Península Ibérica e partes da França. O incidente deixou milhões de pessoas sem energia elétrica e água por mais de duas horas. Sim, o apagão afetou o Bitcoin. Não, não é um impacto nem de longe significativo, e existem outras prioridades no momento para ajudar a população que está carece de necessidades básicas.

Basicamente, o contecimento responde em partes os questionamentos de quem pergunta sobre a relação da internet e da maior criptomoeda do mundo. O incidente expôs a fragilidade da infraestrutura energética europeia e gerou impactos em diversos setores.

Contudo, infelizmente, o desastre responde algumas críticas antigas sobre a criptomoeda.

O dia que a Europa apagou

O apagão na Europa, que começou na manhã de 28 de abril de 2025, afetou Portugal, Espanha e o sul da França, paralisando infraestruturas críticas como aeroportos, sistemas de transporte e serviços essenciais.

De acordo com uma reportagem do The New York Times publicada no mesmo dia, a falha na rede elétrica interrompeu o funcionamento do metrô de Lisboa, trens e semáforos, além de causar evacuações e transtornos no centro de Madri. A E-Redes, operadora elétrica espanhola, confirmou que a interrupção atingiu regiões como Catalunha, Andaluzia, Aragão, Navarra, País Basco, Castela e León, Extremadura e Murcia.

Cerca de uma hora após o início do apagão, a Red Eléctrica, empresa responsável pela rede elétrica da Espanha, anunciou via X que a energia havia sido parcialmente restaurada no norte e no sul da Península Ibérica.

Algumas áreas do sul da França também começaram a ter o fornecimento retomado, conforme relatado por Cauê Oliveira no post. No entanto, a causa do apagão ainda não foi oficialmente esclarecida.

O apagão não apenas interrompeu serviços básicos, mas também expôs a interdependência entre energia elétrica e outros sistemas, como o fornecimento de água, que foi afetado em várias regiões.

O apagão na Europa reacendeu debates sobre a necessidade de investimentos em infraestrutura energética na Europa. Especialmente em um momento de transição para fontes renováveis e de crescente demanda por energia.

E o Bitcoin?

O apagão na Europa teve um impacto direto na rede Bitcoin, que depende de nós validadores (nodes) para manter sua operação descentralizada. Ou seja, para validar atividades na rede, qualquer um pode rodar um “node”. Basta baixar a cópia da blockchain inteira da criptomoeda (todos os 15 anos de histórico de todas transações) e executar um programa no próprio computador.

Antes do apagão, a rede Bitcoin contava com aproximadamente 21.536 nós alcançáveis globalmente, conforme o bitnodes. Durante o incidente, esse número caiu para cerca de 20.164 nós, indicando que aproximadamente 1.372 nós ficaram temporariamente offline. Essa redução representa uma diminuição de cerca de 6,4% no total de nós ativos.

A França, uma das regiões afetadas pelo apagão, é responsável por aproximadamente 2,66% dos nós ativos da rede Bitcoin. Embora Portugal e Espanha não estejam entre os países com maior número de nós, a interrupção do fornecimento de energia nessas áreas contribuiu para a queda observada na atividade da rede.​

Apesar dessa interrupção temporária, a arquitetura descentralizada do Bitcoin demonstrou resiliência. Em outras palavras, o Bitcoin é global, e se ajusta geograficamente ao redor do mundo inteiro.

E se a internet acabar no mundo inteiro? Bom, basta olhar para a Europa para entender que a criptomoeda seria o menor dos problemas.

Além disso, a maioria dos nós afetados retomou suas atividades normais após a restauração do fornecimento de energia. Mantendo a integridade e a segurança da rede.​

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