Ações da Azul caem 41% em abril, mas fecham o mês estáveis

Número de assentos, entre fevereiro e junho, comparado com o mesmo período em 2024, também terá crescimento de 34% (Divulgação/Azul)

Queda ocorre em meio à captação de recursos abaixo do esperado na emissão de novas ações (Divulgação/Azul)

Apesar das ações da Azul registrarem queda pelo terceiro pregão seguido, ainda encerraram o dia no zero. Nesta segunda-feira (28), na mínima do dia, os papéis da AZUL4 foram a R$ 1,65, ou queda de 15,4%, mas tiveram as perdas amenizadas ao longo da sessão e fecharam estáveis a R$ 1,95. Ainda assim, os papéis acumulam desvalorização de 40,73% no mês, o que representa a maior baixa do Ibovespa em abril. Um cenário que ocorre em meio à a captação de recursos abaixo do esperado na emissão de novas ações.

A Azul informou na semana passada que concluiu a primeira fase da oferta pública de ações, com captação total de R$ 1,66 bilhão, quase inteiramente proveniente da conversão de dívida (R$ 1,6 bilhão), enquanto o montante novo de capital ficou muito abaixo do potencial inicial estimado de até R$ 4,1 bilhões.

A emissão integra o plano de reestruturação da Azul, que ainda prevê outros passos como conversão de bônus adicionais, compensações ao management e unificação das ações.

Conforme ressaltou a XP Investimentos, diante da baixa demanda dos acionistas existentes, a captação de novos recursos ficou abaixo do esperado, o que deve resultar em uma redução modesta da alavancagem.

A Genial ressaltou que, apesar da importância do anúncio como parte final da renegociação da dívida, o resultado ficou aquém das expectativas, principalmente na entrada de capital novo. Com a maior parte dos recursos vinda da equitização dos títulos 2029/30, a companhia ainda não captou os cerca de US$ 200 milhões adicionais estimados para reforçar liquidez e garantir a equitização total dos bonds. Isso levanta dúvidas sobre a execução da etapa final da reestruturação.

Já o JPMorgan atualizou as estimativas para a Azul e manteve a recomendação neutra para as ações da Azul, mas retirou o preço-alvo dos ativos que era de R$ 9,50.

Para os analistas, a diluição dos acionistas minoritários da Azul pode chegar a 85%, considerando todas as iniciativas de gestão de passivos que a companhia aérea vem realizando.

Isso inclui a emissão de 96 milhões de ações para arrendadores como parte do acordo de equalização de US$ 557 milhões em dívidas, além do aumento de capital de US$ 12 milhões feito recentemente e a potencial conversão de debêntures.

O JPMorgan manteve recomendação neutra para a Azul em comparação com a GOLL4, que é classificada como underweight (UW), mas reforça as recomendações overweight (exposição acima da média do mercado, equivalente à compra, OW) para a CPA e LTM como as suas principais escolhas entre as companhias de transporte da América Latina

O Bradesco BBI, por sua vez, tem recomendação equivalente à compra para a Azul, com preço-alvo de R$ 5, enquanto tem recomendação de venda para os ativos da Gol, com preço-alvo de R$ 0,50.

*com informações Infomoney

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