Pra gringo é mais caro: estrangeiro investe 2,6 vezes mais na B3 que próprio brasileiro em 2025

O mercado financeiro brasileiro está vivendo um momento de euforia com a entrada massiva de capital estrangeiro na B3, a bolsa de valores do Brasil. Apesar disso, por outro lado, o próprio investidor brasileiro acompanha com menos força o ritmo.

O perfil Clube do Pai Rico no X compartilhou dados da B3 que revelam uma coisa interessante. O fluxo de capital externo atingiu R$ 2,644 bilhões apenas nos primeiros 20 dias de abril. Desse modo, acumulando um saldo positivo de R$ 7,998 bilhões no ano até o dia 28.

Comparando com o investimento de pessoas físicas brasileiras, que totalizou R$ 3,1 bilhões no mesmo período, segundo dados da B3, os gringos investiram 2,6 vezes mais na bolsa em 2025.

Esse influxo, impulsionado pelas tarifas comerciais globais impostas pelos EUA, reflete a atratividade do Brasil no cenário internacional. Mas também expõe a cautela do investidor local em meio a desafios fiscais e econômicos domésticos.

O boom do capital estrangeiro na B3 e a comparação com o Brasileiro

O gráfico compartilhado pelo Clube do Pai Rico, com dados da B3, mostra o saldo acumulado de capital estrangeiro na bolsa brasileira ao longo de 2025. Após um início de ano com saída de recursos o saldo chegou a -R$ 8 bilhões em meados de janeiro.

Em seguida, o fluxo se inverteu a partir de fevereiro, atingindo um pico histórico de +R$ 12,7 bilhões em 27 de março. Até 28 de abril, o saldo acumulado estava em R$ 7,998 bilhões, com uma entrada de R$ 619,191 milhões no último pregão reportado.

Em apenas seis pregões, o fluxo totalizou R$ 8,2 bilhões, um ritmo que demonstra a confiança dos investidores estrangeiros no mercado brasileiro.

Enquanto isso, os investidores brasileiros (pessoas físicas) aplicaram R$ 3,1 bilhões na B3 no mesmo período, segundo o relatório de participação de investidores da B3. Claro, é um valor alto. Mas bem menor que o aporte estrangeiro.

Em resumo, os gringos investiram neste periodo 2,6 vezes mais na bolsa brasileira do que os investidores locais em 2025.

Há quem defenda que a diferença reflete tanto a atratividade do Brasil para investidores globais quanto a cautela dos brasileiros, que enfrentam um cenário doméstico de inflação de 4,5% (IBGE, 2024), desemprego de 7,8% (IBGE, 2024) e incertezas fiscais.

O relatório da B3 destaca que os investidores estrangeiros respondem por cerca de 50% dos negócios na B3, enquanto as pessoas físicas representam 25%, o que amplifica o impacto do capital externo no mercado. Outros usam para afirmar que “a bolsa está barata”.

As tarifas globais impostas pelos EUA e a força do setor de commodities colocam o país no radar internacional. Mas os desafios fiscais exigem reformas para sustentar esse movimento.

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