Justiça do DF mantém compartilhamento de dados do jogador Bruno Henrique com CPI das Bets


Decisão é desta quarta-feira (30). Segundo investigação da PF, atleta forçou falta para cartão em jogo contra Santos, válido pelo Brasileirão de 2023, para supostamente favorecer parentes no mercado de apostas; g1 tenta contato com defesa. Bruno Henrique do Flamengo contra Botafogo na Supercopa do Brasil 2025
Divulgação/Gilvan de Souza/Flamengo
A 7ª Vara Criminal de Brasília manteve, nesta quarta-feira (30), o compartilhamento de dados do jogador Bruno Henrique com a Comissão ParIamentar de Inquérito (CPI) de Manipulação de Jogos e Apostas Esportivas, conhecida como CPI das Bets, no Senado, após o atacante do Flamengo pedir para a Justiça reconsiderar a análise de provas.
🔎 Ou seja, as provas que estão no celular do atleta, incluindo informações pessoais e profissionais, continuam sendo analisadas. O g1 tenta contato com a defesa do jogador.
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Dos pedidos feitos à Justiça, o atacante conseguiu o acesso às mídias anexas citadas nos laudos periciais da investigação da Polícia Federal (PF). Com isso, ele pode acessar os dados extraídos dos aparelhos eletrônicos apreendidos.
🔎 Segundo a investigação da PF, Bruno Henrique, estrela do Flamengo, é apontado como peça central de um esquema de apostas e jogadas manipuladas. O atleta é investigado por suspeita de ter forçado uma falta para cartão em um jogo contra o Santos, válido pelo Brasileirão de 2023, para supostamente favorecer parentes no mercado de apostas (entenda mais abaixo). O rubro-negro acabou expulso no fim da partida.
Investigação da PF
Caso Bruno Henrique: Entenda investigação
Um movimento de apostas fora do normal e direcionadas a cartões para o atacante Bruno Henrique, do Flamengo, chamou a atenção do mercado de apostas em 1º de novembro de 2023. Na noite daquele dia, o clube do Rio enfrentaria o Santos pelo Campeonato Brasileiro de Futebol.
Três empresas de apostas, as chamadas bets, alertaram a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) sobre o jogo. Chamou a atenção das empresas o fato de que, em uma delas, 98% do volume de apostas para o mercado de cartões estaria direcionado ao recebimento de cartão por Bruno Henrique.
Em novembro de 2024, a PF cumpriu 12 mandados de busca e apreensão, expedidos pela Justiça do Distrito Federal, nas cidades do Rio de Janeiro (RJ), Belo Horizonte (MG), Vespasiano (MG), Lagoa Santa (MG) e Ribeirão das Neves (MG). Também são alvos o irmão de Bruno Henrique, a cunhada e 2 amigos.
A suspeita de irregularidades em apostas no jogo resultou no indiciamento do atacante do Flamengo e outras 9 pessoas no dia 15 de abril.
➡️ O indiciamento significa que a PF encontrou elementos suficientes para considerar que os citados cometeram crimes. O caso passa agora à análise do Ministério Público – que, se concordar com essa avaliação, pode denunciar os investigados à Justiça.
🎥 Veja reportagem do Fantástico sobre o caso:
Apostas combinadas: veja mensagens exclusivas da investigação contra Bruno Henrique
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