MC Cabelinho se defende em ação movida por traficante preso

MC Cabelinho apresentou a sua defesa em uma ação polêmica em que está envolvido. Um traficante acionou a Justiça contra o funkeiro, Filipe Ret e MC Maneirinho, pelo uso de sua voz. Em primeira mão, a coluna Fábia Oliveira conta detalhes da contestação do artista, apresentada no último dia 11 de abril, na 1ª Vara Cível da Comarca Regional de Bangu.

O que disse MC Cabelinho

Em sua defesa, Cabelinho afirmou ser ilegítimo para o papel de réu no processo de Alexander de Jesus Carlos. Isso porque ele teria participado na música “7 Meiota” como um mero intérprete para terceiros. O MC explicou não ter responsabilidade pela produção, distribuição e exploração da obra, fato que o excluiria dessa confusa narrativa jurídica.

Cabelinho relatou à Justiça que o cadastro da canção também não é de sua competência.Segundo o músico, cabe ao produtor fonográfico a tarefa de cadastrar a música e garantir a veracidade dos dados lançados. Enquanto mero intérprete, portanto, não responderia pelos danos decorrentes da falta do nome de Alexander na ficha de informações da canção.

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Exclusivo: quarta fã processa MC Cabelinho após ser ferida em show

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Considerando a possibilidade de a Justiça entender que deve participar no caso como réu, Cabelinho aproveitou para expor outro motivos para o fracasso do processo. O artista disse ser irrazoável o pedido de danos morais, uma vez que o narrado pelo presidiário não evidencia ofensa grave ou abalo à sua imagem.

O famoso disse, ainda, que na hipótese de a Justiça entender por algum dano moral, o valor correto deve ser de R$ 1 mil para não configurar uma forma de enriquecimento indevido para o autor. O valor pedido inicial de R$ 500 mil seria, nesse contexto, exorbitante e desproporcional.


Entenda o caso

  • O traficante Alexander de Jesus Carlos processou Filipe Ret, MC Cabelinho e MC Maneirinho por uso indevido de sua voz em um parceria dos artistas na música “7 Meiota”.
  • Filipe Ret fez um acordo extrajudicial com Alexander e pagou os lucros referentes à sua porcentagem dos fonogramas gravados.
  • Em paralelo, o traficante pediu R$ 500 mil por danos morais e a inclusão de seu nome nos direitos autorais da canção, além de repasse nos valores ganhos com a música em plataformas digitais e shows.

Quem é Alexander

  • Alexander, conhecido pelo vulgo de “Choque”, segue preso em Bangu 3, no Complexo de Gericinó.
  • Solto, chegou a chefiar a venda de drogas na Favela de Manguinhos e no Morro do Alemão.
  • Ele afirmou que não conhecia a música dos réus até ouvi-la em um aparelho de TV na cadeia.

 

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