Ulbra diz que mantém convênio para uso acadêmico do HU e critica “medida autoritária do Cremers”

A interdição das atividades acadêmicas do curso de Medicina da Ulbra no Hospital Universitário de Canoas (HU), decretada nesta quarta-feira (30) pelo Conselho Regional de Medicina (Cremers), pegou de surpresa a universidade, os estudantes e até a gestão da saúde na cidade.

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Hospital Universitário de Canoas



Hospital Universitário de Canoas

Foto: Bruna Ourique/PMC

O Cremers alega que não existe um contrato prevendo as atividades acadêmicas de medicina no local. A suposta irregularidade teria sido constatada em uma vistoria técnica realizada em março no HU. A decisão do Cremers não afeta o atendimento à população e nem as aulas da Medicina, apenas restringe o uso do HU para isso.

Nesta quinta-feira (1º) a Ulbra voltou a comentar o assunto, classificando como “arbitrária e ilegal a ação promovida pelo Cremers, que interditou o HU para a prática da Medicina pelos estudantes da universidade”. Segundo a Ulbra, a decisão do Cremers foi tomada a partir de “alegações falsas”.

A Ulbra assegura que mantém, há mais de 20 anos, convênio formal “válido e em plena vigência com o município de Canoas e com o Hospital Universitário”. “O contrato em vigor prevê expressamente a realização de atividades acadêmicas em ambiente hospitalar”, informa a universidade.

O texto divulgado no início da noite desta quinta-feira diz ainda que “o instrumento jurídico, com vigência contratual em curso, estabelece ainda prazo alongado para eventual rescisão, justamente para evitar descontinuidade no processo de formação dos estudantes de Medicina e no atendimento à população”.

A Ulbra diz que “em nenhum momento foi notificada de qualquer intenção de rescisão deste convênio”. “Ao contrário: tanto o Município quanto o HU sempre manifestaram formalmente o interesse em manter e fortalecer o convênio vigente”, informa.

A instituição diz ainda que “exigirá o cumprimento imediato do contrato por parte do HU, a fim de assegurar que não haja prejuízo às atividades práticas essenciais à formação de nossos estudantes. Paralelamente, a Ulbra tomará todas as medidas legais cabíveis para responsabilizar os envolvidos neste ato, buscando reestabelecer a legalidade e os direitos da comunidade acadêmica”.

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