Sem respostas, assassinato de brasileira na Bolívia completa um mês

O assasinato brutal da brasileira Jenife Socorro Almeida da Silva (foto em destaque), de 37 anos, encontrada morta em 2 de abril no apartamento em que morava na Zona Norte de Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia, completa um mês nesta sexta-feira (2/5), sem qualquer resposta à família.

Inicialmente, as autoridades locais informaram que a mulher foi vítima de feminicídio e morreu por asfixia, além de ter sido estuprada e esfaqueada. Um adolescente, de 16 anos, se apresentou na delegacia após o crime afirmando que estava com a vítima quando ela, supostamente, sofreu um mal súbito durante uma relação sexual, versão que está sendo investigada. A autópsia apontou morte por sufocamento, indicando ação de uma segunda pessoa.

Natural de Santana (AP), a mulher tinha acabado de concluir o curso de medicina na Bolívia e havia retornado recentemente ao país apenas para buscar seu diploma. Ela já residia novamente no Amapá e deixou dois filhos.

Nas redes sociais, Jenife tinha mais de 16 mil seguidores e exibia fotos no outro país, além de postar registros ao lado de amigos e de seus dois filhos. Ela aparentava estar em uma fase feliz de sua vida.

Sem respostas

O corpo de Jenife foi trazido ao Brasil e velado e enterrado no dia 23 de abril. Agora, com o sepultamento realizado, a família clama por justiça.

“Já fizemos o velório e o enterro. A luta agora é por justiça, para que o assassino seja preso e não faça outra vítima”, disse a irmã da vítima, Jessijeny Silva, em entrevista à coluna.

Segundo a mulher, as informações que os familiares têm até o momento é de que haverá uma reconstituição do crime em 7 de maio. “A reconstituição aconteceria antes, mas foi adiada. Nos foi repassado, por meio de amigos, que o pivô do adiamento seria o fato de que a polícia boliviana queria realizar a reconstituição sem a participação de peritos solicitados pela advogada da família.

“Os peritos que nossa advogada solicitou não estavam presentes e eles queriam fazer a reconstituição sem o uso de luminol — composto químico que emite luz azulada quando reage com certas substâncias, revelando, por exemplo, a presença de sangue — o que seria favorável para o acusado. “Estamos aguardando os próximos passos”, completou a irmã.

Atualmente, mais de seis mil brasileiros estudam medicina em Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia. Durante sessão do Plenário em 8 de abril, os senadores decidiram que uma comissão externa vai acompanhar o caso e averiguar a situação de outros estudantes brasileiros naquele país.

 

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