Confira como é prisão de segurança máxima que causa medo em criminosos

Imagens de drone capturadas esta semana mostraram detentos de um centro de imigração no Texas, Estados Unidos, pedindo socorro. De acordo com autoridades norte-americanas, os detentos pertencem à gangue venezuelana conhecida como Tren de Aragua. Segundo a mídia internacional, o grupo teme ser deportado para El Salvador, onde seriam enviados para uma prisão de segurança máxima.

A prisão em questão é o Centro de Confinamento do Terrorismo (CECOT), que chama a atenção pela alto nível de segurança e tratamento com os presos. Inaugurado em 2023, o local é um dos grandes projetos do presidente salvadorenho Nayib Bukele contra o crime em El Salvador.

Veja tratamento dos presos

 

 

Prisão El Salvador
Prisão El Salvador

O presídio de segurança máxima conta com mais de 600 soldados das Forças Armadas e 250 policiais civis que estão de prontidão 24 horas por dia, 7 dias por semana. Os agentes usam capacetes antidistúrbios, escudos, proteção para as mãos e tórax, além de cassetetes.


As celas ficam em pavilhões. Veja como funciona:

  • 8 módulos (pavilhões) construídos, cada um com 5.400 m² de área.
  • Cada módulo é isolado, com acesso restrito e vigilância constante.
  • Telhado curvo para ventilação e iluminação natural.
  • Plataformas aéreas para os guardas monitorarem as celas.
  • As celas tem dois lavatórios e dois vasos sanitários com água controlada somente pelos guardas.
  • Os pavilhões também contam com áreas de castigo para detentos que quebram as regras ou tentam organizar rebeliões. Nela o preso não tem contato com a luz e nem com qualquer outra pessoa.
  • Os presos não circulam livremente entre módulos.

Veja imagens:

 

4 imagens

Centro de Confinamento do Terrorismo (CECOT)

Centro de Confinamiento del Terrorismo
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El Salvador

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Centro de Confinamento do Terrorismo (CECOT)

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Centro de Confinamiento del Terrorismo

Reprodução

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Acordo

 

El Salvador recebeu US$ 6 milhões de Washington como parte do acordo para manter presos os deportados em seu território.

Desde que assumiu a presidência em 2019, Bukele impôs um modelo radical de combate ao crime, ancorado em prisões em massa, estado de exceção permanente e vigilância militar constante.

Mais de 75 mil pessoas foram presas por suposta ligação com gangues — em muitos casos, sem provas ou acesso à defesa — e o país ganhou notoriedade com a construção do CECOT (Centro de Confinamento do Terrorismo), uma mega prisão com capacidade para 40 mil detentos, sem visitas ou comunicação externa.

O impacto foi direto. A taxa de homicídios caiu para 1,9 por 100 mil habitantes, a menor das Américas. Bukele se apresenta como um vencedor da “guerra contra as gangues” e desafia abertamente a comunidade internacional, que o acusa de atropelar direitos humanos e o devido processo legal.

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