Morador do bairro Santo Afonso, em Novo Hamburgo, é o suspeito de liderar plano explosões no show da Lady Gaga

A Polícia Civil do Rio de Janeiro afirma que impediu um ataque com explosivos no show da cantora norte-americana Lady Gaga, que reuniu 2,1 milhões de pessoas na praia de Copacabana na noite de sábado. O suspeito de organizar o atentado foi preso no bairro Santo Afonso, em Novo Hamburgo, na manhã do mesmo dia, durante operação deflagrada em quatro estados com apoio do Ministério da Justiça e Segurança Pública.

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Operação Fake Monster foi deflagrada em quatro estados | abc+



Operação Fake Monster foi deflagrada em quatro estados

Foto: Polícia Civil do Rio de Janeiro

É um jovem que não teve nome e idade revelados. Não havia mandado de prisão contra ele. Apenas uma ordem de busca e apreensão em caráter de urgência. Na residência, além de recolher o aparelho celular e outros eletrônicos do investigado, os agentes encontraram uma pistola sem registro.

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“O preso de Novo Hamburgo foi autuado em flagrante por posse irregular de arma de fogo”, resume a diretora do Gabinete de Inteligência e Assuntos Estratégicos (GIE) da Polícia Civil gaúcha, delegada Cristiane Pasche. A instituição prestou apoio à operação Fake Monster, coordenada pela Polícia do Rio. O caso é conduzido sob sigilo.

As investigações apontam o hamburguense como mentor e articulador do atentado evitado. Pertence a uma quadrilha que usa a deep e dark web, camadas não rastreáveis da Internet por mecanismos de busca, como o Google, para recrutar jovens e adolescentes ao submundo de atos sádicos e extremistas.

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Explosivos improvisados e coquetéis molotov seriam lançados de forma integrada na plateia do show, com o objetivo de atingir crianças e o público LGBTQIA+, de acordo com alerta recebido pela Subsecretaria de Inteligência da
Polícia Civil do RJ.

“A operação foi deflagrada para neutralizar as condutas digitais que vinham sendo articuladas, com potencial risco ao público do evento, sem que houvesse qualquer impacto para os frequentadores. O trabalho foi executado com discrição e precisão, evitando pânico ou distorção das informações junto à população”, diz, em nota, a Polícia carioca

Dois mandados foram cumpridos no Vale do Caí

No Rio Grande Sul, foram cumpridos mandados de busca também em São Sebastião do Caí, nos bairros Quilombo e Navegantes, onde estariam morando outros membros da rede de ódio. Os suspeitos do Vale do Caí também tiveram celulares e computadores apreendidos.

Na capital carioca, um adolescente de 15 anos foi detido com pornografia infantil em vários aparelhos eletrônicos. No Estado, foram executadas buscas também em Niterói, Duque de Caxias e Macaé.

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Em São Vicente, no litoral de São Paulo, um adolescente de 16 anos admitiu fazer parte do grupo. Na casa dele, foram apreendidos um computador, um celular, um HD externo, um cartão de memória e um videogame. Foi liberado na presença do pai. Ainda em SP, houve buscas nas cidades de Vargem Grande Paulista e Cotia.

No Mato Grosso, os agentes fizeram apreensões em uma casa no município de Campo Novo dos Parecis. A Operação Fake Monster cumpriu 15 mandados de busca. Com o material recolhido, a investigação deve chegar a outros membros da rede.

De novo o Vale do Sinos

Não é a primeira vez que o Vale do Sinos se torna alvo de investigação nacional contra atos extremistas ebulidos das profundezas da Internet. O hamburguense preso agia pelo o que os seguidores chamam de “desafio coletivo”.

Quem cumpre determinada tarefa no submundo da rede de ódio, é recompensado com notoriedade e até prêmios em dinheiro, financiados por líderes sádicos. No sábado à noite, a missão era matar fãs de Lady Gaga, defensora dos direitos LGBTQ+ e outras causas sociais.

Em dezembro de 2021, um vídeo de um adolescente de 17 anos de Lindolfo Collor, que vazou de um grupo fechado, aterrorizou o País. Encorajado por líderes, o jovem aparecia estrangulando, espancando e mutilando cães, gatos e pássaros. Fazia tudo em lives com membros da rede.

O bando também incentivava espancamento e morte de moradores em situação de rua. Outros crimes flagrados eram pedofilia, zoofilia, necrofilia, apologia ao estupro, nazismo e racismo. Suásticas ilustravam a rede.

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