Por que as vendas dos elétricos da Volvo têm caído tanto? China e Trump são pedra no sapato

A Volvo não começou 2025 com a roda direita, com queda de 7% nas vendas gerais entre janeiro e abril. Mas o cenário é ainda mais devastador para os seus carros elétricos que tiveram queda de 32% nas vendas em abril. O que fez a Volvo dar um verdadeiro cavalo de pau nas suas estratégias. 

A fabricante sueca já havia compartilhado seus planos de ter apenas carros elétricos até 2030. Mas as coisas mudaram diante do cenário desfavorável que vem vivenciando. Em setembro, a Volvo anunciou que a sua nova meta é que 90% das suas vendas sejam compostas por veículos híbridos e elétricos até 2030.  

Ou seja, ela continuará a ofertar veículos híbridos nos próximos anos. A decisão tomada há oito meses pareceu assertiva diante dos resultados nas vendas deste ano, ainda mais se considerarmos a queda pelo interesse de seus veículos elétricos.  

Em abril a marca registrou 11.697 emplacamentos de modelos elétricos, contra 17.090 emplacamentos feito no mesmo período em 2024. Já os híbridos do tipo PHEVs tiveram um crescimento de 2%.  

Além disso, o plano de salvação da Volvo custou a cadeira de presidente de Jim Rowan que foi substituído no dia 1º de abril por Hakan Samuelsson que assumirá as rédeas da empresa pelos próximos dois anos. Vale explicar que Rowan assumiu como CEO em 2022 no lugar de Samuelsson que acaba de retornar com a missão de organizar a casa e alavancar as vendas.

Por que as vendas da Volvo não param de cair? 

A Volvo é uma marca respeitada no mundo todo e é muito bem quista no segmento premium. Os carros da fabricante sueca são conhecidos pela sua sofisticação e segurança. Então, por que as vendas da marca continuam a cair? Entenda como Trump e a China têm sido um prego no pneu da marca sueca. 

Recentemente, as altas taxas de importação implantadas pelo presidente dos EUA, Donald Trump impactaram diversas marcas e chamaram atenção do mundo todo. Atualmente, a Volvo fabrica apenas um veículo nos EUA, o EX90, enquanto o XC90, XC60, XC40 e EX30 são produzidos fora do país e sofrem com as taxas de importação que consequentemente são repassadas aos consumidores. Logo, a marca tem sentido o impacto nas vendas.  

Além disso, embora ela pertença ao grupo chinês Geely, ela não tem preços tão agressivos quanto outras marcas chinesas. Além disso, na própria China a marca tem sofrido queda nas vendas enquanto tenta não ser engolida pelas fabricantes locais com carros elétricos com valores verdadeiramente competitivos.  

Por fim, os carros a combustão e híbridos ainda são os preferidos da maior parte dos consumidores nos quatro cantos do mundo, com raras exceções. A queda global no interesse por veículos elétricos tem afetado a Volvo e outras fabricantes. Máxima que não vale para gigantes chinesas como a BYD, que têm abocanhado as vendas desse segmento dentro e fora das fronteiras da China.  

O que mais você acha que têm contribuído para a queda das vendas da Volvo? Conte para nós nos comentários.  

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