JetBlue vende unidade de inovação e aposta em foco total para equilibrar as contas

(Divulgação/Jetblue)

JetBlue se desfaz de sua unidade de startups (Divulgação/Jetblue)

A JetBlue acaba de se desfazer de sua subsidiária de venture capital, a JetBlue Ventures, vendida para a empresa de leasing Sky Leasing por um valor não divulgado. A operação acontece no momento em que a companhia aérea luta para equilibrar as contas e colocar em prática seu plano de reestruturação, o chamado JetForward.

Lançada em 2016 com a proposta de apostar em startups ligadas à inovação no setor aéreo, a JetBlue Ventures ajudou a financiar projetos como os táxis aéreos elétricos da Joby, a inteligência artificial da Flyr para gestão de receitas e sistemas modulares de bateria da Electric Power Systems. Foram 55 aportes em empresas iniciantes e mais de 40 rodadas adicionais, segundo dados da própria JetBlue.

Mas os tempos mudaram. A empresa registrou um prejuízo de US$ 208 milhões no primeiro trimestre de 2025 e agora busca voltar ao azul apostando no básico: reduzir voos, cortar custos e reforçar operações nas regiões onde já tem força, como Nordeste dos EUA, Flórida e Caribe.

A CEO Joanna Geraghty tenta manter o discurso otimista. Disse que a venda “mantém o acesso às inovações” por meio de uma parceria estratégica com a ex-subsidiária. Mas na prática, a movimentação mostra uma mudança clara de rota. A prioridade agora é financeira.

Enquanto isso, rumores dão conta de uma nova parceria doméstica a caminho – com a United, segundo fontes da Reuters. A companhia ainda tenta se reerguer após ver sua aliança com a American Airlines ser derrubada pelo Departamento de Justiça em 2023.

A Sky Leasing, por sua vez, se mostra animada com a compra da JetBlue Ventures. A empresa quer se posicionar como uma ponte entre investidores e tecnologias que devem moldar o futuro da aviação. Enquanto a JetBlue tenta sobreviver ao presente.

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