Polícia prende 17 membros de quadrilha que era comandada de dentro de penitenciária gaúcha

Uma mega ação envolvendo cerca de 120 policiais civis atacou uma complexa organização criminosa nesta quarta-feira (7). O grupo, que era comandado de dentro de uma penitenciária gaúcha – o principal líder já cumpre pena de mais de 70 anos de reclusão –, teve outros 17 integrantes presos.

Operação Krypteia | abc+



Operação Krypteia

Foto: Polícia Civil

Documentos, celulares e outros itens também foram apreendidos durante o cumprimento de mandados em cinco cidades gaúchas: Porto Alegre, Viamão, Alvorada, Charqueadas e Arroio dos Ratos. A operação, intitulada Krypteia, ainda atuou em Santa Catarina e no Rio de Janeiro.

O grupo desarticulado nesta quarta-feira era especializada em estelionatos, falsificação de documentos, invasão de dispositivos informáticos, adulteração de sinal identificador de veículo automotor e lavagem de capitais.

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Entenda abaixo como funcionava o esquema:

  • O líder do grupo, que está preso, comprava veículos roubados e furtados no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina.
  • Os veículos eram entregues a uma outra célula do grupo responsável pela clonagem e falsificação dos sinais identificadores.
  • Uma vez clonado o automóvel, os criminosos passavam os dados da nova placa utilizada para a clonagem para um indivíduo do Rio de Janeiro, estudante de tecnologia e programação de dados.
  • Aplicando golpes e enganando as vítimas, esse estudante conseguia invadir a conta .GOV.BR do proprietário do veículo original e obter acesso à documentação veicular.
  • Com o veículo clonado e com acesso aos documentos, os criminosos passavam a anunciar a venda do veículo em marketplaces por um valor abaixo do mercado.
  • Atraídos pelo preço, vítimas acabavam realizando a aquisição do veículo.
  • Nesse momento, valendo-se do acesso fraudulento ao sistema .GOV.BR, um dos criminosos realizava a transferência de documentação do veículo original para a vítima.
  • A vítima, com a documentação e o veículo em mãos, ao buscar a vistoria do Detran, descobria que se tratava de um veículo furtado ou roubado.
  • Neste momento, o dinheiro já estava disseminado pela célula financeira do grupo, em Santa Catarina, que utilizava empresas de fachada para a lavagem e ocultação dos valores provenientes do crime.
  • O lucro obtido era dividido com demais integrantes da organização criminosa.

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Como começaram as investigações:

A investigação teve início a partir de um registro de ocorrência policial na cidade de Gravataí, onde a vítima relatou ter adquirido um veículo Volkswagen T-Cross anunciado no Facebook. Após realizar o pagamento de R$ 80 mil e receber o documento de Autorização para Transferência de Propriedade de Veículo (ATPV-e), a vítima foi surpreendida no Detran com a informação de que o veículo roubado/furtado. O veículo original havia sido roubado no bairro Moinhos de Vento, em Porto Alegre, poucos dias antes.

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*Com informações de pc.rs.gov.br

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