Cogna (COGN3) reverte prejuízo e lucra R$ 95 milhões no 1º trimestre

A Cogna (COGN3) apresentou seus resultados do primeiro trimestre de 2025. “Está aberta a temporada de lucros da Cogna”, afirmou o CEO da companhia, Roberto Valério, em entrevista ao InfoMoney. O destaque do balanço é a reversão de prejuízo líquido visto um ano atrás, de R$ 8,5 milhões negativos, para R$ 95,1 milhões no primeiro trimestre deste ano.

Em termos ajustados, o lucro foi de R$ 154 milhões no trimestre, alta de 205,7% ante R$ 50,5 milhões no 1T24. Como destaca o CEO, a geração de lucro abriu a possibilidade de distribuição de dividendos e deve se tornar constante para a companhia.

O lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda) do 1T25 ficou em R$ 547 milhões, contra R$ 477 milhões observados no 1T24, alta de 14,6%. Na modalidade recorrente, o Ebitda ficou em R$ 556 milhões, apresentando crescimento de 12,2%. A margem Ebitda recorrente cresceu 2 pontos percentuais e ficou em 34,2%.

A receita líquida atingiu R$ 1,67 bilhão no primeiro trimestre, com alta de 5,8%. O crescimento principalmente foi apresentado na frente Kroton (e Kroton Med, focada em cursos de medicina), compensando perda de receita nas divisões Vasta/Somos e Saber.

O executivo também destaca a captação de alunos na Kroton que, em primeira análise, cresceram em 1,5%. O número, contudo, considera também alunos PROUNI, portanto, a companhia apresentou o crescimento entre alunos que geram receita, que ficou em 6,5%. O avanço se deu em cursos presenciais e EAD com laboratórios, que são produtos com maior ticket médio, o que explica o aumento de receita de captação em 23%. A base de alunos apresenta crescimento pelo décimo quinto trimestre consecutivo e teve aumento de 8,3% na comparação anual de primeiros trimestres. A receita da divisão cresceu 18,8%, em R$ 1 bilhão, com crescimento de duplo dígito em todas as unidades.

Por isso, o recuo apresentado nas receitas das duas outras frentes não preocupa Valério, uma vez que no caso da Somos, a queda foi explicada em especial por recuo em contratos com governo (B2G). “Caiu, mas não é preocupante porque o core do negócio está crescendo”, afirma. Além disso, a queda é explicada por um novo contrato maior que foi realizado no ano passado, que elevou a base de comparação, uma vez que foi faturado todo no primeiro trimestre. Já neste ano, a companhia optou por escalonar e realizar melhor distribuição do recurso e das entregas, dividindo uma parcela no quarto trimestre de 2024 e o resto nos próximos trimestres.

Já a Saber apresenta também queda sazonal e, portanto, já esperada. Tradicionalmente, o material é vendido como compra ou recompra ano a ano. Além disso, o executivo mencionou venda de editora de livros universitários, que trouxe também recuo já antecipado na receita.

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A alavancagem, mais uma vez, apresenta queda e ficou em 1,28 vez contra 1,79 vez apresentado no primeiro trimestre do ano passado. O executivo destaca, novamente, que o ponto ótimo ficaria entre 1 vez e 1,3 vez, em ponto fiscal. O patamar é a menor alavancagem desde o 4T18 e é fruto de esforços de manejo de dívida. “Temos recebido contato da área de crédito de bancos”, afirma Valério, que ressalta que é possível que a companhia faça anúncios relacionados a bons negócios de crédito futuros.

No trimestre, a geração de caixa livre ficou em R$ 149,6 milhões, com aumento de 1.486% em relação ao mesmo período do ano passado. O executivo reforça que o crescimento da Kroton foi essencial para impactar positivamente a geração, com melhor conversão de caixa, no caso do GCO (Geração de Caixa Operacional_. A linha cresceu 19,1% em comparação com o primeiro trimestre de 2025, para R$ 250,3 milhões.

“A operação em si segue crescendo e estamos reduzindo a despesa financeira”, afirma Valério.

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