Sargento da PM e travesti rolaram escada abaixo durante briga em motel

Durante a briga entre um sargento da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) e uma garota de programa, nessa quarta-feira (7/5), os dois rolaram escada abaixo, depois que a mulher falou que o horário ultrapassado seria cobrado.

Em depoimento, a mulher trans disse que foi contratada para uma hora de programa. O policial teria buscado ela. Ao entrar no carro, a mulher percebeu que ele tinha usado entorpecentes e que já conhecia o sargento de outras ocasiões.


O que se sabe até agora: 

  • A mulher disse que foi contratada para uma hora de programa. Eles chegaram no motel, localizado em Taguatinga Sul, um pouco antes das 17h.
  • Uma testemunha do local informou à polícia que por volta das 18h40, quase 2h depois da chegada dos dois, a mulher passou pela recepção pedindo socorro. Um funcionário do local notou que ela estava completamente nua e com sangue nos braços.
  • Questionada, a profissional do sexo disse que o PM tinha roubado a bolsa dela e a agredido. Logo depois do episódio, o sargento tentou sair do motel. Testemunhas disseram que ele estava com os olhos vermelhos, pupila dilatada e agressivo. Nesse momento, ele teria se identificado como policial.
  • Tanto a Polícia Militar do DF quanto o Corpo de Bombeiros foram acionados para uma situação de agressão física. No local, a mulher, de 30 anos, estava com ferimentos superficiais e foi encaminhada ao Hospital Regional de Taguatinga (HRT). Já o homem, tinha cortes mais profundos e foi levado ao Hospital Santa Marta.
  • Durante a abordagem, o PM estava agitado, um pouco nervoso com um pacote que estava dentro do carro dele. O sargento alegou aos bombeiros que a garota de programa tinha jogado uma sacola dentro do veículo. Ao vistoriarem o automóvel, que estava no estacionamento do motel, os militares encontraram um saco contendo pó branco similar à cocaína.

Eles teriam chegado no motel, pouco antes das 17h. Como o encontro passou do horário, ela informou que a hora excedente seria cobrada. Neste momento, o PM teria se exaltado e agredido da vítima. Ele teria tentado esganar a mulher, segurando o pescoço dela, além de ter jogado a mulher no chão.

Por causa da violência, ela quebrou uma garrafa de vidro no policial e saiu correndo do quarto, indo em direção a recepção.

Investigação

O caso foi registrado na 21ª Delegacia de Polícia (Taguatinga Sul) por porte de substância entorpecentes para consumo pessoal e lesão corporal recíproca.

A coluna Na Mira tentou contato com a PMDF, mas a corporação não havia se posicionado até a última atualização desta reportagem.

Adicionar aos favoritos o Link permanente.