Ministro da AGU culpa governo Bolsonaro por desmonte do INSS e prejuízo a vulneráveis

O ministro da Advocacia-Geral da União (AGU), Jorge Messias (Foto: Fábio Rodrigues-Pozzebom)

O ministro da Advocacia-Geral da União (AGU), Jorge Messias, afirmou neste sábado (10), na rede social X (antigo Twitter), que o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi responsável pelo “desmantelamento da rede de proteção social”, em referência às fraudes investigadas no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) pela Polícia Federal e pela Controladoria-Geral da União (CGU).

“O desmonte do INSS e da Dataprev não foi acaso nem descuido: foi um projeto consciente que atingiu diretamente os mais pobres e vulneráveis: dinheiro tirado de idosos! Benefícios represados, atendimento precarizado, estruturas sucateadas”, escreveu Messias.

Para o ministro, os problemas estruturais comprometeram o funcionamento do sistema de seguridade social. Ele também afirmou que o atual governo “está reconstruindo o INSS”, com ações de combate a fraudes e investimentos em tecnologia, pessoal e atendimento.

Nesta semana, a AGU ajuizou uma ação pedindo o bloqueio de bens de 12 associações e sindicatos, além de 14 empresas e pessoas físicas, suspeitos de envolvimento em um esquema de descontos indevidos aplicados a aposentadorias e pensões. Segundo a AGU, essas entidades teriam atuado como intermediárias de pagamentos ilegais a servidores públicos ligados ao INSS e a terceiros, em um total estimado de R$ 23,8 milhões.

Lula culpa Bolsonaro

Também hoje, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva atribuiu ao governo de Jair Bolsonaro (PL) a responsabilidade pelas fraudes bilionárias no INSS, alvo da Operação Sem Desconto, da Polícia Federal e da Controladoria-Geral da União (CGU). Ele afirmou que a quadrilha responsável pelos descontos ilegais em aposentadorias e pensões foi criada em 2019, durante a gestão anterior.

A declaração foi dada na Rússia, ao final de sua viagem oficial, quando Lula foi questionado sobre a demora na reparação dos danos aos beneficiários lesados e os possíveis desgastes políticos ao seu governo. A crise provocou a troca de comando no Ministério da Previdência e levou à saída do PDT da base aliada, além de ser usada como munição pela oposição nas redes sociais.

Lula justificou a lentidão nas medidas afirmando que prefere uma investigação aprofundada, baseada em dados de inteligência, a ações “pirotécnicas”. “Se tivesse feito um carnaval um ano atrás, possivelmente teria parado no carnaval. Como acontece em todas as denúncias”, disse. “Resolvemos desmontar uma quadrilha que foi criada em 2019. E vocês sabem quem governava o Brasil em 2019.”

O presidente também afirmou que há entidades sérias atuando no INSS, mas outras foram criadas exclusivamente para cometer crimes. “Tanto a CGU quanto a Polícia Federal foram a fundo para chegar no coração da quadrilha”, acrescentou.

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