De Petrobras a Vale: ações de commodities sobem com EUA-China, mas longe das máximas

Caminhão em mina de minério de ferro da Fortescue na Austrália

Os maiores destaques de ações nesta segunda-feira (12) ficaram para as companhias de commodities, que sofreram nas últimas semanas em meio às incertezas com as tarifas comerciais de Donald Trump, presidente dos EUA.

Nesta segunda, Estados Unidos e China anunciaram um acordo para suspender parcialmente as tarifas comerciais mútuas por um período de 90 dias. Conforme o pacto, os EUA reduzirão suas tarifas sobre produtos chineses de 145% para 30%, enquanto a China diminuirá suas tarifas sobre produtos americanos de 125% para 10%.

A medida visa aliviar as tensões da guerra comercial e permitir novas negociações entre as duas maiores economias do mundo. O anúncio foi feito após dois dias de conversas em Genebra entre autoridades dos dois países.

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Com isso, os preços do petróleo brent e WTI chegaram a subir mais de 3% nesta segunda-feira, com o acordo entre dois dos maiores consumidores de petróleo do mundo, somando-se aos ganhos da semana passada de cerca de 4%. Contudo, a alta foi reduzida no fechamento: na New York Mercantile Exchange (Nymex), o contrato de petróleo WTI para junho subiu 1,52% (US$ 0,93), fechando a 61,95 o barril. O Brent para julho, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), avançou 1,64% (US$ 1,05), para US$ 64,96 o barril.

Brava (BRAV3, R$ 20,01, +1,01%), PRIO (PRIO3, R$ 38,56, +5,15%), PetroRecôncavo (RECV3, R$ 14,67, +3,24%) e Petrobras (PETR3, R$ 34,10, +2,71%; PETR4, R$ 31,65, +2,39%) registram ganhos superiores a 3% por volta das 10h50 (horário de Brasília).

“O petróleo bruto, recentemente sob pressão de um aumento de produção da Opep+, surgiu inicialmente como o maior vencedor, com as notícias ajudando a estabilizar as perspectivas de demanda”, disse o analista do Saxo Bank, Ole Hansen, em uma nota.

Para a Genial Investimentos, o evento é positivo para empresas produtoras de petróleo tendo em vista a queda no preço da commodity à medida que as pesadas tarifações deixariam inviável boa parte do comercial entre EUA e China – com natural impacto econômico no mundo tendo em vista o tamanho das economias envolvidas. “Sendo assim, caso o acordo avance, imaginamos que o brent deva apresentar recuperação gradual a depender dos termos do acordo”, aponta.

Mineradoras e siderúrgicas registraram alta, com destaque para CSN (CSNA3, R$ 8,89, +2,42%), CSN Mineração (CMIN3, R$ 5,90, +0,85%), Gerdau (GGBR4, R$ 15,15, +2,71%), Vale (VALE3, R$ 54,28, +2,51%) e Usiminas (USIM5, R$ 5,44, +1,12%), mas longe das máximas do dia.

Os preços futuros do minério de ferro subiram, com uma melhora do sentimento dos investidores depois do acordo. O contrato de setembro do minério de ferro mais negociado na Bolsa de Mercadorias de Dalian (DCE) da China encerrou as negociações do dia com alta de 3,16%, a 718,5 iuanes (US$99,63) a tonelada, o maior valor desde 7 de maio.

O minério de ferro de referência para junho na Bolsa de Cingapura subiu 2,9%, para US$ 99,75 a tonelada, aproximando-se do nível psicológico de US$ 100. A magnitude das reduções tarifárias superou de certa forma as expectativas e reforçou o sentimento do mercado, disseram analistas e traders.

(com Reuters e Estadão Conteúdo)

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