Tarifas de 10% podem se tornam novo normal no comércio global, diz economista

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A permanência de tarifas de 10% sobre produtos importados pela maior economia do mundo pode se tornar um novo marco estrutural no comércio internacional. A avaliação é do economista Igor Lucena, que analisou o cenário de protecionismo norte-americano em entrevista à BM&C News. Segundo ele, os Estados Unidos estariam institucionalizando uma nova fase de restrições comerciais com impacto direto sobre o crescimento global.

Se realmente tivermos tarifas de 10% como novo piso, isso já será considerado o novo normal. É uma forma mais branda de protecionismo, mas ainda assim significativa”, afirma Lucena. Ele relembra que durante a guerra comercial iniciada por Donald Trump, a média de tarifas ficou acima dos 20%. Nesse contexto, uma taxa permanente de 10% pode ser interpretada até como uma “vitória parcial do multilateralismo”.

O Brasil, segundo o economista, já está inserido nessa lógica de barganha. “Os americanos querem mais acesso ao nosso mercado de etanol. Em troca, nós queremos facilitar as exportações de aço e minério para os Estados Unidos. Esse tipo de negociação se intensificará.”

Impactos das tarifas para o comércio global

Na visão de Lucena, a institucionalização de tarifas mínimas reduz os meios de troca, prejudica cadeias globais e limita o crescimento do comércio mundial. Ainda assim, frente ao cenário de tarifas de 30% ou mais, um teto de 10% seria considerado um avanço relativo.

O cenário de radicalização protecionista promovido pela administração Trump mudou a régua do que se considera aceitável no comércio global. Se a nova média for 10%, será o novo normal com o qual os países precisarão lidar”, conclui.

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