Na frente de Barroso, Motta cobra autocrítica de todos os poderes

Nova York – Em um evento com o presidente do STF, Luís Roberto Barroso, na plateia, o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), cobrou, nesta terça-feira (13/5), uma autocrítica de todos os poderes.

Durante discurso em fórum do grupo Lide, Motta afirmou que a pacificação política do Brasil passa pela a harmonia entre os Três Poderes. Ele ponderou, contudo, que a busca por essa harmonia não cabe apenas ao Legislativo.

Motta disse que “cada poder tem que fazer sua autocrítica para colaborar com essa harmonia”. Para o presidente da Câmara, não será “só um poder que vai conseguir harmonizar o país”.

“Não podemos viver em uma polarização política, radicalizada, que faz, muitas vezes, termos um gasto de energia com assuntos que no final do dia não produzem absolutamente nada. Quando, na verdade, poderíamos estar focado em uma agenda de entregas a sociedade, de entregas ao nosso país. E nós no parlamento, conduzindo a Câmara, vamos trabalhar para blindar nossa pauta dessa polarização. Eu tenho me esforçado bastante, ao lado dos líderes partidários da Câmara, justamente para que implementemos essa agenda. E essa pacificação passa pela harmonia entre os poderes. E essa não é uma tarefa só do Poder Legislativo. Penso que cada poder tem que fazer sua autocrítica para colaborar com essa harmonia. Porque não é um só poder que vai conseguir harmonizar o país. É dialogando o Poder Legislativo, o Poder Executivo e o Poder Judiciário, cada um com suas responsabilidades. Para que, no final, consigamos colocar o Brasil em primeiro lugar e entender que isso é que verdadeiramente ajudará a melhorar a qualidade de vida da nossa população”, disse Motta.

A declaração de Motta no evento em Nova York ocorre em meio ao embate entre a Câmara e o STF no caso do deputado federal bolsonarista Alexandre Ramagem (PL-RJ).

Na semana passada, a Câmara suspendeu a investigação contra Ramagem no chamado inquérito do golpe, que tramita no Supremo. A Primeira Turma da Corte, porém, decidiu modular a decisão dos deputados.

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