Alemanha proíbe grupo de extrema-direita ‘Reino da Alemanha’ e prende líderes

A polícia da Alemanha prendeu quatro membros de um grupo radical que busca substituir o Estado alemão moderno na mais recente operação contra um movimento de extrema-direita apontado como uma potencial ameaça à democracia, disseram nesta terça-feira o ministro do Interior e promotores.

As incursões contra o Koenigreich Deutschland, ou “Reino da Alemanha”, ocorreram depois que o Ministério do Interior baniu o grupo, que, segundo os promotores, havia estabelecido instituições paralelas para um novo Estado alinhado a uma ideologia de extrema-direita conhecida como movimento “Reichsbuerger”.

Uma das quatro pessoas presas era o autodeclarado soberano do “Reino”, informaram os promotores.

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O serviço de inteligência doméstica da Alemanha colocou o movimento Reichsbuerger sob vigilância em 2016, após um de seus membros matar um policial a tiros durante uma operação em sua casa.

O monitoramento do movimento, que abrange diversas teorias conspiratórias que questionam a legitimidade do Estado alemão moderno, intensificou-se em dezembro de 2022, quando as autoridades frustraram planos avançados de um golpe armado.

Os adeptos acreditam que a democracia alemã é uma fachada ilegítima e que são cidadãos de uma monarquia que, segundo eles, perdurou após a derrota da Alemanha na Primeira Guerra Mundial, apesar de sua abolição formal.

O objetivo da facção, que existe há uma década e diz ter cerca de 6.000 apoiadores, é se separar da Alemanha e estabelecer um Estado paralelo com sua própria força policial e jurisdição, disse o ministro do Interior, Alexander Dobrindt.

“Não estamos falando de um grupo de nostálgicos inofensivos, mas de estruturas criminosas e uma rede criminosa”, afirmou Dobrindt. Nenhuma arma foi apreendida, disse.

Os promotores afirmaram que os quatro presos eram suspeitos de liderarem o grupo, que havia criado “estruturas e instituições semelhantes a pseudoestados”, incluindo um sistema bancário e de seguros, uma autoridade que imprimia “documentos fictícios” e sua própria moeda.

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