Ibovespa avança a nível histórico além de 138 mil com China e sinais de juros nos EUA

Painel de cotações

O Ibovespa sobe e renovou marca histórica durante a sessão desta terça-feira, 13, após o nível inédito alcançado no pregão da ultima quinta-feira (137.634,57 pontos). Há pouco, subiu 1,11% e atingiu 138.076,98 pontos.

Em Nova York as bolsas também avançam apesar do rali na véspera após o acordo preliminar sobre tarifas entre Estados Unidos e China. A exceção é o Dow Jones, que cai em torno de 0,30%.

“Mesmo batendo essas máximas históricas, está com valuation barato. Os preços não está compatíveis com os lucros apresentados por algumas empresas”, avalia Felipe Moura, analista da Finacap.

A alta é motivada principalmente pela elevação de papéis ligados a commodities, na esteira do minério de ferro e com investidores digerindo acordos entre o Brasil e a China.

Além disso, nos EUA o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) de abril com altas inferiores às esperadas eleva a possibilidade de queda do juro norte-americano pelo Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos).

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“O CPI ajuda na questão das expectativas de corte”, pontua o estrategista-chefe do Grupo Laatus, Jefferson Laatus.

O indicador norte-americano subiu 0,2% em abril ante março (após queda em março) e teve avanço de 2,3% em relação ao quarto mês de 2024. A média das expectativas de analistas era de 0,3% e 2,4%, respectivamente. O dado vem na esteira do tarifaço de Donald Trump.

“O CPI veio em linha/levemente abaixo do esperado. O mercado ficou mais animado, precificando que o Fed deve cortar os juros duas vezes em 2025. Isso deve ajudar bastante alguns mercados como o Brasil, que vai poder cortar os juros antes”, avalia Bruno Takeo, estrategista da Potenza Capital.

Os investidores ainda digerem a ata do Comitê de Política Monetária (Copom) relativa ao encontro da semana passada, quando a Selic foi elevada em 0,50 ponto porcentual, para 14,75% ao ano, e balanços como o da Petrobras.

“Mantemos a avaliação que fizemos após a reunião do Copom, na semana passada: o plano atual do Comitê parece ser manter a taxa Selic inalterada nas próximas reuniões, ainda que sem um compromisso firme nesse sentido”, avalia o economista-chefe da XP, Caio Megale, em relatório.

Na semana passada, para muitos o comunicado do Copom não indicou o próximo passo da Selic. Para o economista-chefe do BV, Roberto Padovani, na ata o discurso do BC não mudou muito em relação ao comunicado passado, deixando as portas abertas para uma eventual alta adicional.

Para a economista-chefe da SulAmérica Investimentos, Natalie Victal, a ata indica um BC querendo parar o ciclo de alta. “Quanto a projeções mantemos 14,75% para 2025. E achamos que o debate quanto a espaço para cortes é prematuro. O cenário interno – e agora também o externo – segue muito desafiador para a convergência da inflação para meta”, disse.

Entre os balanços informados ontem, a Petrobras (PETR3;PETR4) divulgou lucro líquido de R$ 35,2 bilhões no primeiro trimestre deste ano, revertendo prejuízo de R$ 17,04 bilhões do trimestre anterior. A estatal informou ainda a distribuição de dividendos e juros sobre capital próprio (JCP) intercalares no valor de R$ 11,72 bilhões, a R$ 0,90916619 por ação, com data de ‘ex-direito’ em 3 de junho. A Petrobras realiza teleconferência de resultados às 12h.

Também divulgaram seus balanços trimestrais a Telefônica (VIVT3), Direcional (DIRR3), Hapvida (HAPV3), IRB (IRBR3), Itaúsa (ITSA4), Natura (NTCO3), Sabesp (SBSP3), Yduqs (YDUQ3), Brava (BRAV3) e Even (EVEN3). Nubank (BDR: ROXO34) e JBS (JBSS3) estão entre as dez empresas e bancos que divulgam balanços, após o fechamento da B3.

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Às 11h35, as ações da Petrobras tinham sinais distintos: PN subia 0,03% e ON cedia 1,65%. O petróleo, por sua vez, avançava perto de 2,00%. Vale (VALE3) subia 1,31%, com o minério de ferro tendo fechado com alta de 1,06% em Dalian. No mesmo horário, o Ibovespa tinha elevação de 1,12%, aos 138,172,92 pontos, na máxima, vindo de abertura aos 136.565,15 pontos, perto da mínima. Ontem, o Índice Bovespa fechou com valorização de 0,04%, aos 136.563,18 pontos.

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