Projeto transforma vidas com a cultura do hip-hop e práticas restaurativas na região

Levar cultura, escuta ativa, pertencimento e transformação às escolas de regiões periféricas. Essa é a essência do projeto Hip-Hop para uma Cultura de Paz. Atuando especialmente na Santo Afonso, em Novo Hamburgo, e na Vila Brás, em São Leopoldo, o projeto cria pontes entre a cultura afro, o hip-hop e práticas pedagógicas que promovem respeito e diálogo nas salas de aula.

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Projeto Hip-Hop para uma Cultura de Paz | abc+



Projeto Hip-Hop para uma Cultura de Paz

Foto: Gabriel Stöhr/Especial

Mais do que oficinas artísticas, o projeto promove encontros semanais que envolvem crianças, adolescentes e alunos da Educação de Jovens e Adultos (EJA). As atividades proporcionam vivências que unem música, pedagogia, expressão corporal, escuta ativa e práticas restaurativas, buscando criar um ambiente escolar mais acolhedor e consciente.

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Além da arte

Para Eduardo Tamboreiro, um dos integrantes da equipe e idealizadores do projeto, a proposta vai além da arte. “O projeto é uma forma de levar um pouco de uma cultura de paz e harmonia, através da cultura afro, hip-hop. Com isso, a Justiça Restaurativa traz uma abordagem para construir uma narrativa de conciliação de pequenos conflitos entre os atendidos pelo projeto”, explica.

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Josiane Vaz, pedagoga do Hip-Hop para uma Cultura de Paz, reforça que a abordagem restaurativa tem sido trabalhada com os alunos. “Na primeira parte do projeto, falamos sobre Justiça Restaurativa, onde a abordagem de construção de narrativas para conseguirmos lidar e fazer com que pequenos conflitos sejam resolvidos, podendo através desses movimentos os próprios envolvidos consigam se olhar e resolver de um jeito mais simples através do diálogo e da conversa”, detalha.

Resultados importantes nas escolas

Esse processo de escuta e construção coletiva tem revelado resultados importantes nas escolas participantes. Alunos que antes não se viam representados nos espaços escolares passam a se reconhecer e a sentir-se parte de uma rede de apoio e valorização cultural.

Para Cassius Valdez Trein da Silva, o DJ Cassinho, o impacto ultrapassa os muros da escola. “Vejo esse projeto não só como oficinas, mas como uma válvula de escape, uma esperança, um reconhecimento e um apoio real para pessoas que muitas vezes vivem em situações vulneráveis. Buscamos sempre levar informação e conhecimento sobre as nossas culturas onde muitas vezes eles não chegam”, pontua.

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Além de Eduardo, Josiane e DJ Cassinho, o grupo que coloca o projeto em movimento ainda conta com Paulo Rafael Evangellio, Gabriel Muniz, Julia Alves e Ana Paula Brum. A iniciativa é financiada pelo Ministério da Cultura, por meio da Lei Paulo Gustavo, e pela Secretaria Estadual da Cultura do Rio Grande do Sul (Sedac).

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