Azul atinge receita recorde no 1º trimestre e cresce 39% nas operações internacionais

IMG 5961 scaled Azul atinge receita recorde no 1º trimestre e cresce 39% nas operações internacionais

John Rodgerson, CEO da Azul (Arquivo M&E)

A Azul divulgou seus resultados financeiros e operacionais do primeiro trimestre de 2025, marcando um período de recuperação e crescimento. Segundo o relatório, a companhia encerrou o período com lucro líquido de R$ 783,1 milhões, revertendo o prejuízo de R$ 1,1 bilhão registrado no mesmo intervalo de 2024. Já a receita líquida teve alta de 15,3% na comparação anual, alcançando R$ 5,394 bilhões — o maior valor já registrado pela companhia para um primeiro trimestre.

Um dos destaques do balanço foi o crescimento de 39,2% nas operações internacionais, reflexo da retomada acelerada da demanda global e da malha internacional mais robusta. Ao todo, cerca de 8 milhões de passageiros foram transportados no período. A capacidade (ASK) aumentou 15,6% e o tráfego de passageiros (RPK) avançou 19,4%, resultando em uma taxa de ocupação de 81,5%.

“Nossa combinação singular de frota e malha nos permite ser a única a operar 82% de nossas rotas e a conectar mais de 150 destinos, muitos dos quais estão nas regiões de crescimento acelerado do Brasil”, afirmou o CEO John Rodgerson. Ele destacou que os dois principais concorrentes da Azul concentram a maioria de suas operações em três grandes cidades, o que, segundo ele, limita a diversificação de mercado.

Apesar do bom desempenho operacional, a companhia registrou prejuízo líquido ajustado de R$ 1,8 bilhão — ampliando a perda ajustada de R$ 324,2 milhões registrada no primeiro trimestre do ano passado. O Ebitda somou R$ 1,385 bilhão, com recuo de 2,1% e margem de 25,7% (queda de 4,6 pontos percentuais), pressionado por fatores como a desvalorização de 18% do real frente ao dólar, inflação de 5,5% e alta de 3% nos preços de combustíveis.

O custo operacional por assento-quilômetro disponível (CASK) subiu 8% no trimestre. As despesas com depreciação e amortização aumentaram 33%, em decorrência do crescimento da frota. Por outro lado, a eficiência operacional evoluiu: a produtividade por colaborador subiu 19% (ASK/FTE) e o consumo de combustível por ASK caiu 2,5%, reflexo dos investimentos em aeronaves mais modernas.

Segundo a Azul, o resultado foi favorecido não apenas pela forte demanda no transporte de passageiros, mas também pela performance das receitas “beyond the metal”, como logística, fidelidade e outros serviços. A receita com transporte de passageiros cresceu 15,2% (R$ 5 bilhões), enquanto a de cargas e outras fontes aumentou 17,3%, chegando a R$ 377 milhões.

Adicionar aos favoritos o Link permanente.