Sindicato dos professores de manifesta após vídeo do prefeito Gustavo Finck

O Sindicato dos Professores Municipais de Novo Hamburgo (SindProfNH) divulgou uma nota de repúdio no início da noite desta quarta-feira (14) em resposta a um vídeo publicado pelo prefeito Gustavo Finck (PP) nas redes sociais na noite de terça-feira (13). Na gravação, o chefe do Executivo comenta a decisão da categoria de entrar em estado de greve até sexta-feira (16) e atribui a possível paralisação a “fins políticos”.

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Trabalhadores da educação realizaram assembleia na terça-feira (13) | abc+



Trabalhadores da educação realizaram assembleia na terça-feira (13)

Foto: Bruna de Bem/GES-Especial

Na nota, o SindProfNH classificou a manifestação do prefeito como um “ataque violento” contra a categoria. “Não é possível que o mandatário da cidade desrespeite a maior categoria do serviço público. A greve é um direito constitucional e está nas mãos do prefeito, que deve apresentar uma proposta de reposição salarial para os professores e as professoras de Novo Hamburgo”, afirma o texto.

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A entidade relembra que, em assembleia realizada na tarde de terça-feira (13), os profissionais da educação aprovaram, por unanimidade, o estado de greve até sexta-feira (16). Durante esse período, a categoria aguarda resposta do Executivo ao ofício protocolado na manhã de quarta-feira (14), que reivindica:

Reposição salarial de 5,2% referente ao período de março de 2024 a março de 2025;

Retirada do Projeto de Emenda à Lei Orgânica Municipal (PELOM) que trata da reforma previdenciária.

Caso não haja resposta até sexta-feira, o sindicato afirma que a greve terá início na próxima segunda-feira (19).

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“Aproveitamos para reiterar nosso compromisso na busca do diálogo permanente com a administração pública municipal, que vise uma educação pública de qualidade socialmente referenciada, democrática, inclusiva, crítica e emancipatória”, finaliza a nota.

Prefeito cita calamidade financeira e critica paralisação

No vídeo publicado em suas redes sociais, o prefeito Gustavo Finck citou o decreto de calamidade financeira do Município e afirmou que a paralisação tem “fins políticos”. Ele disse ainda que a administração enfrenta um momento crítico, mas que o compromisso com os servidores será retomado a partir de 2026.

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“Nós temos um compromisso muito grande com o servidor. Temos passado por um momento muito crítico, mas a partir de 2026 vamos cuidar, sim, do nosso servidor. Trazer a rentabilidade necessária para o servidor trabalhar com tranquilidade. Mas em 2025, precisamos apagar muitos incêndios. E todos os servidores estão sendo afetados”, afirmou.

O prefeito também declarou que o Município não abonará faltas de servidores durante a paralisação.

Nota da Prefeitura

A Prefeitura de Novo Hamburgo se manifestou por meio de nota, horas antes da divulgação do vídeo. No comunicado, o Executivo afirma reconhecer o direito de greve, garantido pela Constituição Federal, mas ressalta que o movimento precisa respeitar os limites estabelecidos pela legislação. A administração também destacou que cumpre a Lei Federal nº 11.738/2008, que estabelece o piso nacional do magistério, e que o valor está sendo devidamente pago.

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