Família do crime: cunhado de líder do PGC foi preso por atentados na Grande Florianópolis

Cunhado de faccionado, preso por envolvimento com atentados na Grande Florianópolis

Cunhado de líder do PGC foi capturado em Palhoça por envolvimento direto com os atentados na Grande Florianópolis – Foto: PCSC/ND

Mais duas pessoas foram presas por participação direta nos atentados na Grande Florianópolis, que incendiaram veículos e barricadas em diferentes cidades, em outubro de 2024.

Na ocasião, os criminosos buscavam mascarar a fuga de membros do PGC (Primeiro Grupo da Catarinense), após uma tentativa de invasão à comunidade do Papaquara, no Norte da Ilha. Até o momento, 30 pessoas foram presas por envolvimento no caso.

Durante a segunda fase da operação Tolerância Zero, desencadeada nesta quinta-feira (15), duas lideranças da facção criminosa foram presas, uma em Palhoça e outra na capital catarinense. G.V.M., capturado na Grande Florianópolis, é cunhado de outro líder da mesma organização: Bi Red, criminoso que já foi condenado a mais de 112 anos de prisão.

Cunhado de líder do PGC é preso em Palhoça

Segundo a Polícia Civil de Santa Catarina, G.V.M. teve participação direta no ataque à comunidade do Papaquara, registrado um dia antes dos atentados na Grande Florianópolis. Naquela noite de sexta-feira, 18 de outubro, ele e outros membros do PGC tentaram invadir a área dominada pelo grupo rival, PCC (Primeiro Comando da Capital).

Suspeito sendo colocado no veículo cachorreiro da polícia civil

G.V.M. é cunhado de um líder do PGC, condenado a 112 anos de prisão – Foto: PCSC/ND

“Segundo apontaram as investigações, G.V.M. integrava o bando que invadiu o Papaquara. Ele tem 23 anos e antecedentes por tráfico de drogas”, afirmou o titular da Draco/DEIC (Delegacia de Repressão ao Crime Organizado da Diretoria Estadual de Investigações Criminais), delegado Antonio Claudio Seixas Jóca.

O ND Mais apurou que G.V.M. é cunhado de Bi Red, líder do PGC condenado a 112 anos de prisão por quatro homicídios e duas tentativas, além de outras três qualificadoras. Em apenas um dos inquéritos, conduzido pela Draco/Deic, Bi Red foi condenado a 28 anos, 5 meses e 7 dias de prisão.

Apontado como um dos líderes do PGC, facção por trás dos atentados da Grande Florianópolis, Bi Red está preso desde 2017. Ele foi capturado na casa em que vivia, na comunidade Chico Mendes, em Florianópolis, portando drogas e armas — um fuzil A.K. 47 e quatro pistolas.

Relembre atentados na Grande Florianópolis

Conforme apuração da reportagem do ND Mais, o clima de tensão, registrado naquele sábado, começou ainda na sexta-feira (18), após um tiroteio na região da Vargem Grande, no Norte da Ilha. A facção de origem catarinense tentou invadir a área, dominada pela facção PCC, que tem origem em São Paulo.

Ao todo, dez foram presos nesta quinta - Secom/Divulgação/ND

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Ao todo, dez foram presos nesta quinta – Secom/Divulgação/ND

Maioria dos presos estavam em comunidades da Grande Florianópolis - Secom/Divulgação/ND

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Maioria dos presos estavam em comunidades da Grande Florianópolis – Secom/Divulgação/ND

Disputa entre facções criminosas na comunidade do Papaquara culminou nos atentados na Grande Florianópolis - Reprodução/ ND

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Disputa entre facções criminosas na comunidade do Papaquara culminou nos atentados na Grande Florianópolis – Reprodução/ ND

Atentados da Grande Florianópolis ocorreram em 19 de outubro de 2024 - Secom/Divulgação/ND

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Atentados da Grande Florianópolis ocorreram em 19 de outubro de 2024 – Secom/Divulgação/ND

Foram 23 mandados de busca e apreensão - Secom/Divulgação/ND

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Foram 23 mandados de busca e apreensão – Secom/Divulgação/ND

Cachorros da polícia também participaram da operação - Secom/Divulgação/ND

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Cachorros da polícia também participaram da operação – Secom/Divulgação/ND

Polícia apreendeu drogas - Secom/Divulgação/ND

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Polícia apreendeu drogas – Secom/Divulgação/ND

Operação mobilizou 150 policiais - Secom/Divulgação/ND

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Operação mobilizou 150 policiais – Secom/Divulgação/ND

Foto mostra delegado-geral da PCSC, Ulisses Gabriel - Secom/Divulgação/ND

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Foto mostra delegado-geral da PCSC, Ulisses Gabriel – Secom/Divulgação/ND

Mandados foram cumpridos em Florianópolis, Sao José e Palhoça - Secom/Divulgação/ND

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Mandados foram cumpridos em Florianópolis, Sao José e Palhoça – Secom/Divulgação/ND

Foto mostra, da direita para esquerda, delegados Daniel Régis, Ulisses Gabriel e Antônio Joca - PCSC/Divulgação/ND

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Foto mostra, da direita para esquerda, delegados Daniel Régis, Ulisses Gabriel e Antônio Joca – PCSC/Divulgação/ND

10 pessoas foram presas nesta quinta (20) - PCSC/Divulgação/ND

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10 pessoas foram presas nesta quinta (20) – PCSC/Divulgação/ND

Dois carros de luxo, modelo Range Rover, foram apreendidos com suspeitos presos - Gabriela Ferrarez/ND

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Dois carros de luxo, modelo Range Rover, foram apreendidos com suspeitos presos – Gabriela Ferrarez/ND

Após a invasão, os criminosos da organização catarinense fugiram em quatro veículos. Dois deles foram encontrados em chamas e outro foi encontrado abandonado pela Polícia Militar no bairro Vargem do Bom Jesus. Nesse evento, duas balas perdidas acabaram por atingir um condutor de um aplicativo de transporte.

Durante o confronto, uma pessoa morreu e outras cinco foram presas pela polícia militar. Os criminosos acabaram se refugiando nas áreas de mata para escapar e, no início da tarde, foi dada ordem de início aos atentados na Grande Florianópolis. Segundo o Corpo de Bombeiros, naquela data, foram 17 focos de incêndio registrados, em cidades como Palhoça, São José e Florianópolis.

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