Lula e Xi defendem mais comércio entre Brasil e China e assinam acordos nas áreas de satélites e agricultura; veja lista


Xi disse que relação entre China e Brasil está no ‘melhor momento da história’. Presidentes se reuniram em Brasília e falaram também sobre as guerras no mundo e a necessidade de encerramento dos conflitos. Lula recebeu Xi Jinping na residência oficial do Palácio da Alvorada, em Brasília
Ricardo Stuckert/PR
Reunidos em Brasília nesta quarta-feira (20), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente da China, Xi Jinping, fizeram discursos públicos em que defenderam intensificação do comércio entre os dois países e assinaram 37 acordos e memorandos (veja a lista mais abaixo). Um deles, na área de satélites, com a empresa SpaceSail, rival da Starlink, empresa do bilionário Elon Musk.
A China é o maior parceiro comercial do Brasil desde 2009, quando tomou o lugar dos Estados Unidos. O país asiático é o que mais recebe as exportações brasileiras do agronegócio, umas das principais fontes da riqueza do Brasil.
Durante o governo anterior, de Jair Bolsonaro, as relações diplomáticas com a China ficaram estagnadas, em razão de hostilidades ideológicas entre o ex-presidente e o governo de Xi Jinping.
Após Lula ter voltado ao governo, um dos primeiros países que ele visitou foi a China, em março do ano passado, quando foi recebido por Xi Jinping. Agora, Xi retribui a visita. Antes de Brasília, ele estava na reunião de cúpula do G20, no início da semana, no Rio de Janeiro.
Neste sábado, Xi celebrou o encontro e ressaltou o bom momento entre os dois países.
“As relações China-Brasil encontram-se no melhor momento na história”, disse Xi Jinping ao lado de Lula.
O Brasil não é para China tão importante comercialmente quanto a China é para o Brasil. Mas, mesmo assim, o país de Xi também precisa muito das relações comerciais entre as duas nações. O Brasil é o principal fornecedor de comida para a população chinesa, de bilhões de pessoas.
Além disso, no projeto chinês de se tornar o país mais rico e poderoso do mundo, suplantando os Estados Unidos, a parceria com o maior país da América Latina é estratégica.
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