“O mundo quer viajar e o Brasil pode colher os frutos disso”, afirma VP do WTTC

WhatsApp Image 2025 05 19 at 12.09.50 "O mundo quer viajar e o Brasil pode colher os frutos disso", afirma VP do WTTC

Virginia Messina, Vice-Presidente Executiva do Conselho Mundial de Viagens e Turismo (WTTC)

RIO DE JANEIRO – Durante o primeiro dia de Visit Brasil Summit, a Vice-Presidente Executiva do Conselho Mundial de Viagens e Turismo (WTTC), Virginia Messina, destacou, em entrevista ao M&E, o potencial transformador da recente parceria entre o WTTC e a Embratur, a agência brasileira de promoção internacional do turismo. Segundo ela, o Brasil está em posição privilegiada para assumir papel de liderança no turismo global, desde que mantenha o foco em visibilidade, infraestrutura e segurança.

A colaboração, firmada há cerca de três meses, já apresenta frutos importantes. “Estamos muito satisfeitos em ter a Embratur como parceira de destino do WTTC. O Brasil é uma potência não apenas na América do Sul, mas globalmente”, afirmou. O WTTC, que há quase 40 anos representa líderes do setor privado do turismo, tem estendido seu trabalho para destinos estratégicos como o Brasil, com o objetivo de promover boas práticas e dados que norteiem políticas públicas e investimentos.

Messina ressaltou que a nova estratégia de Marketing da Embratur já reflete contribuições importantes do WTTC, incluindo dados sobre o potencial de crescimento do turismo internacional no país. Atualmente, apenas 6% dos gastos turísticos no Brasil vêm de visitantes internacionais, o que, segundo ela, representa uma oportunidade gigantesca de expansão.

A executiva também endossou as observações feitas anteriormente pela presidente do WTTC, Julia Simpson, sobre os desafios que o Brasil enfrenta: “Sim, há muito potencial, mas também existem obstáculos como infraestrutura deficiente, necessidade de maior segurança e uma promoção mais efetiva do país no exterior. É aí que a visibilidade global que o WTTC oferece também pode fazer diferença”.

Messina elogiou a recente participação ativa do Brasil em feiras internacionais como a Fitur e a ITB, e citou planos da Embratur de expandir a promoção do país em mercados estratégicos como a China e o Sudeste Asiático. “Os países que não fortalecem suas agências de turismo estão ficando para trás”, alertou.

Queda do turismo nos EUA pode beneficiar Brasil

IMG 4002 "O mundo quer viajar e o Brasil pode colher os frutos disso", afirma VP do WTTC

Para Virginia, “destinos que promovem, acolhem e oferecem segurança vão sair na frente”

Sobre o cenário global, Messina demonstrou cautela ao abordar o desempenho recente dos Estados Unidos, tradicionalmente um dos maiores destinos turísticos do mundo. “Vimos uma queda de 22% nos gastos de visitantes internacionais em comparação com 2019. É um número significativo, impulsionado por uma combinação de fatores como a valorização do dólar e o clima político interno”, explicou. Ainda assim, o WTTC projeta crescimento de 6,7% no setor para 2025, mesmo diante das incertezas geopolíticas.

“Quando um destino sofre, outros podem se beneficiar.

Apesar disso, essa instabilidade, segundo ela, pode se tornar uma oportunidade para destinos emergentes como o Brasil. “Quando um destino sofre, outros podem se beneficiar. O Brasil, sendo um país acolhedor, seguro e ativo na promoção internacional, pode captar parte desses turistas que estão redirecionando suas viagens”, avaliou.

A VP concluiu com uma mensagem de otimismo e incentivo. “O mundo quer viajar. E países preparados, como o Brasil começa a se posicionar, vão colher os frutos dessa nova fase do turismo global”.

*O M&E viaja com apoio da Shift Mobilidade Corporativa e proteção GTA

Adicionar aos favoritos o Link permanente.