Fim do I e J? Entenda a nova sequência de emplacamento no RS

Chegou ao fim uma era no trânsito gaúcho. Na semana passada, as tradicionais “placas I” do Rio Grande do Sul esgotaram — aquelas mesmas que identificavam veículos emplacados pela primeira vez no estado desde o início dos anos 1990. Com isso, o Detran-RS passou a adotar uma nova sequência alfabética nos emplacamentos.

A mudança marca o encerramento da série que ia de IAO-0001 até JDO-9999 no padrão antigo, ou JDO9Z99, seguindo a implementação das placas Mercosul. Segundo o Detran-RS, o primeiro veículo com a nova sequência foi emplacado no município de Erechim, no último dia 15 de maio.

Agora, os veículos com emplacamento inicial no Rio Grande do Sul passam a sair com placas que vão de TQO0A01 até TRW9Z99.

Como funcionam essas sequências?

Desde 1990, quando foi adotado o modelo de placas cinza, cada estado brasileiro passou a receber blocos de combinações alfabéticas sequenciais. Isso permitia identificar a origem do primeiro emplacamento de um veículo apenas olhando as letras iniciais da placa.

No Paraná, por exemplo, as placas começaram em AAA e foram até BEZ. Já São Paulo ficou com blocos como BFA, BFB e GKI. Para o Rio Grande do Sul, a faixa alfabética designada partia de IAQ-0001 e ia até JDO-9999.

Vale lembrar que os blocos IAA até IAP foram designados para o estado de Sergipe. E o JDP, que viria em sequência, foi usado para veículos do Distrito Federal.

Nem toda sequência foi usada

Apesar da longa duração da série “I” no RS, algumas combinações foram puladas ao longo dos anos. Em alguns casos, por questões fonéticas. Em outros, por uso exclusivo de órgãos oficiais.

Exemplo disso é a sequência IKH —para evitar confusões de pronúncia —, que não chegou a ser usada, ou as placas IPC, reservadas para viaturas da Polícia Civil, ou JBM pela Brigada Militar.