Méliuz vai levantar R$150 milhões para comprar Bitcoin

A Méliuz (CASH3) anunciou, na noite de segunda-feira, 19 de maio de 2025, a contratação do BTG Pactual para estruturar uma nova captação de recursos. O anúncio vem apenas 4 dias após a companhia anunciar a compra de R$160 milhões em Bitcoin.

Com essa operação, a companhia pretende levantar R$ 150 milhões. O valor será totalmente destinado à expansão de sua posição estratégica em Bitcoin.

Para atingir esse objetivo, a empresa considera dois caminhos principais:

  • Emissão de dívidas, sejam elas conversíveis ou não conversíveis;
  • Emissão primária de ações (follow-on), em que todos os recursos vão para o caixa da empresa.

Nesse último caso, não ocorre a venda de participações dos atuais acionistas. Assim, a estrutura societária se mantém preservada.

Essa iniciativa busca seguir o exemplo da MicroStrategy. Desde 2020, a empresa americana capta recursos via dívida exclusivamente para comprar Bitcoin.

Até agora, a Méliuz já adquiriu aproximadamente 320 Bitcoins, com custo médio de US$ 101.700 por unidade. Essa alocação já aparece no balanço da companhia.

Confira o comunicado:

Foco em Bitcoin por ação

A estratégia principal da Méliuz é aumentar a quantidade de Bitcoins por ação em circulação. Isso gera valor direto ao acionista, independentemente da cotação.

Para isso, a companhia deve priorizar a emissão de dívidas conversíveis. Essa alternativa permite comprar Bitcoin hoje e diluir ações apenas no futuro.

Além disso, esse tipo de dívida oferece ao investidor uma taxa de juros. Ele também pode optar por convertê-la em ações, conforme definido no prospecto.

Nos Estados Unidos, a MicroStrategy tem explorado essa estrutura com sucesso. Os juros geralmente baixos tornam o papel atraente para investidores institucionais.

Esses instrumentos combinam rendimento fixo com possível valorização do papel. Por essa razão, funcionam bem para quem busca retorno com menor exposição direta ao Bitcoin.

Portanto, trata-se de um modelo já validado no mercado global, agora adaptado à realidade de uma empresa brasileira listada na B3.

Valorização e resultados financeiros

Desde que intensificou sua alocação em Bitcoin, a Méliuz passou a registrar uma forte reação do mercado. Como resultado, suas ações (CASH3) valorizaram mais de 175% nos últimos 30 dias.

Além disso, o volume médio diário de negociações disparou. O valor saiu de R$ 4 milhões para R$ 45 milhões, o que reflete claramente o crescente interesse de investidores institucionais e varejistas.

Ao mesmo tempo, a empresa apresentou resultados financeiros sólidos no primeiro trimestre de 2025. Esses números ajudam a reforçar a sustentabilidade da nova estratégia. Veja, a seguir, os principais destaques:

  • Receita líquida de R$ 100 milhões, representando uma alta de 22% em relação ao mesmo período de 2024;
  • EBITDA de R$ 17,8 milhões, ou seja, três vezes maior do que o registrado um ano antes;
  • Geração de caixa de R$ 9 milhões no trimestre, o que indica uma gestão financeira disciplinada.

Portanto, esses resultados fortalecem a confiança do mercado na execução da nova tese da Méliuz. Mais do que isso, mostram que a companhia consegue crescer de forma lucrativa, mesmo durante um processo de mudança estratégica relevante.

Por fim, para entender melhor os próximos passos da companhia, vale assistir à entrevista do BlockTrends com Israel Salmen e Diego Koeling, líderes da frente de Bitcoin na empresa:

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