Petrobras e Vale: veja para onde vai as 2 principais ações da Bolsa em alta recorde

Após um início de ano marcado por forte volatilidade, Petrobras (PETR4) e Vale (VALE3) iniciam movimentos de recuperação técnica, ainda que dentro de tendências distintas no médio prazo. PETR4 busca fôlego após tocar mínimas do ano, tentando se consolidar acima de resistências de curto prazo, enquanto VALE3 rompe médias relevantes e se aproxima de um teste em sua linha de tendência de baixa, traçada desde 2023. Em comum, ambas dependem da continuidade do fluxo comprador para confirmar reversão ou, ao menos, um repique mais estruturado.

No caso da Petrobras, o desafio será superar a faixa dos R$ 32,25, enquanto a Vale precisa vencer R$ 55,69 para abrir caminho. Por outro lado, a perda de suportes recentes pode reacender a pressão vendedora, levando os papéis novamente a testar mínimas. Com os dois ativos entre os mais líquidos da Bolsa e amplamente acompanhados por investidores institucionais, os próximos dias devem ser determinantes para os rumos técnicos das ações.

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Nesta batalha gráfica entre as maiores ações da B3, Petrobras e Vale mostram cenários distintos, mas ambos carregam pontos técnicos decisivos no curto e médio prazo. Enquanto PETR4 tenta sustentar uma recuperação após forte correção desde o topo histórico, VALE3 busca afastar a tendência de baixa que se arrasta desde o início de 2023. A seguir, destrinchamos os principais suportes e resistências de cada papel, além dos sinais de força ou fragilidade apontados pelos indicadores gráficos.

Análise da Petrobras (PETR4)

No gráfico semanal, observo que PETR4 ainda apresenta desempenho negativo em 2025, acumulando uma queda de 9,49% no ano, apesar da recuperação parcial em maio, quando já soma alta de 6,64%. Essa reação ocorre após o papel renovar seu topo histórico em R$ 37,74, em fevereiro, movimento seguido por forte pressão vendedora, que levou a ação até a mínima do ano em R$ 29,66.

Desde então, há três semanas consecutivas de recuperação. No entanto, o papel ainda opera abaixo das médias móveis de 9 e 21 períodos, o que exige cautela quanto à consistência desse movimento. O IFR (14) marca 43,69, zona considerada neutra.

Para que a alta ganhe continuidade, será necessário romper a resistência em R$ 32,25, com próximos objetivos nas regiões de R$ 33,10 e R$ 34,20. Superando essas faixas, o ativo pode mirar R$ 36,55 e o topo histórico em R$ 37,74. Caso supere esse nível, os alvos mais longos ficam em R$ 39,00 e R$ 41,30.

No cenário oposto, se houver perda dos suportes em R$ 31,35 e R$ 29,66, o papel pode retomar a trajetória de baixa, com projeções em R$ 28,20, R$ 26,55, R$ 25,00 e, no limite, a média de 200 períodos na região de R$ 22,60.

Fonte: Nelogica. Gráfico semanal. Elaboração: Rodrigo Paz

Análise de curto prazo

Pelo gráfico diário, percebo que PETR4 iniciou um movimento de recuperação após testar o suporte em R$ 29,66. Esse nível atraiu fluxo comprador, revertendo parte da queda recente que veio logo após o teste da resistência no topo histórico (R$ 37,74).

Com a reação, o ativo superou as médias móveis de 9 e 21 períodos. O IFR (14) está em 52,80, ainda em zona neutra. A superação da máxima da última semana pode dar continuidade à alta, com resistências em R$ 32,25 e R$ 33,10. A média de 200 períodos, localizada em R$ 34,17, é um ponto importante. Se vencida, abre espaço para novas altas, com alvos em R$ 36,80 e novamente em R$ 37,74.

Se perder as regiões de suporte em R$ 31,58 e R$ 30,89, a ação pode voltar a mostrar fraqueza. Abaixo desses níveis, os próximos suportes estão em R$ 29,66, R$ 28,20, R$ 27,15 e R$ 26,55.

Fonte: Nelogica. Gráfico diário. Elaboração: Rodrigo Paz

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Análise da Vale (VALE3)

Pelo gráfico semanal, vejo que VALE3 permanece pressionada por uma linha de tendência de baixa (LTB) traçada desde o início de 2023. Apesar disso, o papel ensaia uma recuperação nas últimas semanas, após testar o suporte em R$ 48,77, mínima do ano. A partir dessa faixa, entrou fluxo comprador e o ativo conseguiu recuperar as médias móveis de 9 e 21 períodos.

Caso se mantenha acima dessas médias, pode tentar um novo teste na LTB. O primeiro alvo de resistência está na máxima de 2025, em R$ 58,45, seguido pela média de 200 períodos em R$ 60,41. Alvos mais ambiciosos ficam em R$ 69,36, R$ 74,38 e no topo histórico em R$ 80,81. O IFR (14) está em 52,32, sinalizando região neutra.

Se a ação perder as médias móveis em R$ 54,32/R$ 53,70, pode voltar a ceder, com suporte novamente em R$ 48,77 e R$ 46,58. Abaixo disso, os próximos níveis de atenção são R$ 43,88, R$ 39,40 e R$ 36,70.

Fonte: Nelogica. Gráfico semanal. Elaboração: Rodrigo Paz

Análise de curto prazo

No gráfico diário, noto que VALE3 iniciou um movimento de recuperação após renovar a mínima do ano em R$ 48,77. O papel reagiu e rompeu as médias móveis de 9, 21 e 200 períodos. No último pregão, encerrou com leve recuo de 0,27%, cotada a R$ 55,34.

Para seguir com a tendência de alta no curto prazo, será fundamental romper a resistência em R$ 55,69. Acima disso, os próximos alvos são R$ 58,45, R$ 60,00, R$ 62,42, R$ 64,00 e R$ 67,00. Ainda assim, a tendência de médio prazo segue com viés de baixa.

Se voltar a cair, o papel encontrará suportes imediatos em R$ 55,00 e R$ 53,90. Abaixo dessas faixas, os suportes seguintes estão em R$ 51,15, R$ 48,77, R$ 46,58, R$ 43,88 e R$ 41,20.

Fonte: Nelogica. Gráfico diário. Elaboração: Rodrigo Paz

Suporte e resistência

PETR4 (Petrobras)

Com base no fechamento do dia 19/05, aos R$ 31,91, as ações da Petrobras contam com:

Suportes de curto prazo em R$ 31,58 (1), R$ 30,89 (2) e R$ 29,66 (3); e resistências em R$ 32,25 (1), R$ 33,10 (2) e R$ 34,17 (3).

Suportes de médio prazo em R$ 31,35 (1), R$ 29,66 (2) e R$ 28,20 (3); e resistências em R$ 34,20 (1), R$ 36,55 (2) e R$ 37,74 (3).

VALE3 (Vale)

Com base no fechamento do dia 19/05, aos R$ 55,34, as ações da Vale contam com:

Suportes de curto prazo em R$ 55,00 (1), R$ 53,90 (2) e R$ 51,15 (3); e resistências em R$ 55,69 (1), R$ 58,45 (2) e R$ 60,00 (3).

Suportes de médio prazo em R$ 53,70 (1), R$ 48,77 (2) e R$ 46,58 (3); e resistências em R$ 58,45 (1), R$ 60,41 (2) e R$ 69,36 (3).

(Rodrigo Paz é analista técnico)

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