Mais de 100 pontos de comércio ilegais terão que deixar áreas públicas em Florianópolis

Pontos comerciais ilegais que funcionam sem licitação deverão ser desocupados em Florianópolis. Na imagem, a antiga rodoviária, que concentra alguns desses estabelecimentos.

Pontos comerciais ilegais que funcionam sem licitação deverão ser desocupados em Florianópolis – Foto: Germano Rorato/ND

Mais de 100 espaços públicos ocupados por pontos comerciais ilegais terão que ser desocupados em Florianópolis. A decisão foi firmada em acordo entre o MPSC (Ministério Público de Santa Catarina) e a prefeitura da capital catarinense.

Os locais operavam sem licitação e devem ser desocupados em até 360 dias.  Entre os espaços, estão quiosques e trailers que ocupam praças e calçadas, além de boxes e lojas, incluindo estabelecimentos no Mercado Público do Estreito e na antiga rodoviária.

Segundo o inquérito conduzido pelo MPSC, muitos desses espaços vêm sendo utilizados de forma lucrativa, sem contrapartida ao município e contrariando a Lei de Licitações e Contratos Administrativos.

A legislação determina que seja instalado processo licitatório para concessão e permissão de uso de bens públicos. O Ministério Público afirma que o processo deve visar os “princípios da impessoalidade, da legalidade e da isonomia”.

A administração municipal de Florianópolis reconheceu as irregularidades e firmou um TAC (termo de ajustamento de conduta). A prefeitura ainda se comprometeu em notificar os ocupantes ilegais em até 180 dias.

Prefeitura de Florianópolis terá 36 dias para desocupar pontos comerciais ilegais e lançar licitação. Na imagem, a antiga rodoviária, que concentra alguns desses estabelecimentos.

Prefeitura de Florianópolis terá 36 dias para desocupar pontos comerciais ilegais e lançar licitação – Foto: Germano Rorato/ND

Pontos comerciais ilegais serão desocupados e devem passar por licitação

Caso a administração municipal considere viável a continuidade da exploração econômica desses espaços, deverá realizar licitação pública em até 360 dias.

O TAC prevê multa diária de R$ 5 mil em caso de descumprimento injustificado das obrigações, valor que será revertido ao Fundo para Reconstituição de Bens Lesados, do MPSC.

“O objetivo é garantir que eventuais concessões futuras sejam feitas de forma isonômica, com ampla participação dos interessados, respeitando os princípios da Administração Pública”, declarou a promotora de Justiça Juliana Padrão Serra de Araújo.

A reportagem do ND Mais entrou em contato com a Prefeitura de Florianópolis, buscando um posicionamento sobre o acordo, mas não obteve retorno. O espaço segue aberto.

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