Wizarding World of Harry Potter – Ministry of Magic: o universo secreto e mágico que todo fã precisa viver no Epic Universe

A atração tem como temática o julgamento de Dolores (Ana Azevedo/M&E)

ORLANDO — Se você é daqueles que devora os livros, maratona os filmes e conhece cada canto do universo Harry Potter, prepare o coração: o Wizarding World of Harry Potter – Ministry of Magic, que estreia no Epic Universe a partir de hoje (22) para todos os públicos, é a área que finalmente vai fazer você se sentir parte da burocracia mais mágica da Inglaterra. Não é só um passeio, é um convite para pisar nos corredores onde as decisões que mexem com o mundo bruxo são tomadas — e, claro, sentir o frio na barriga de encarar mistérios dignos de um verdadeiro bruxo.

Diferente das áreas Hogsmeade e Diagon Alley, esse ministério não é só cenário: é uma imersão total. A arquitetura vitoriana, os corredores cheios de segredos, as salas oficiais — tudo reproduzido com riqueza de detalhes para transportar o visitante para dentro dos livros e filmes. Você vai andar por lugares como a Sala de Avaliação, o Departamento de Mistérios e até cruzar com as mensagens que aparecem nos quadros — que ganham vida graças a tecnologia de ponta, hologramas e animatrônicos capazes de enganar até os trouxas mais céticos.

A cereja do bolo? O simulador Harry Potter and the Battle at the Ministry, que coloca o visitante em uma missão eletrizante ao lado de Harry, Hermione e outros rostos conhecidos do mundo bruxo. Já os fãs e colecionadores encontram lojas recheadas de varinhas personalizadas, artefatos dignos do escritório do ministro da Magia e produtos exclusivos desta área do parque.

A atração traz uma narrativa construída como um verdadeiro crossover: mistura elementos clássicos da saga com liberdade criativa para reimaginar personagens e cenários em novos contextos. O resultado são sequências cheias de ação, com perseguições em elevadores encantados, passagens por salas secretas e departamentos mágicos, enquanto os protagonistas enfrentam feitiços, armadilhas e criaturas durante a aventura.

Pertences de Dolores Umbridge (Ana Azevedo/M&E)

A experiência é envolvente do começo ao fim — e isso começa já quando o bruxo ou a bruxa chegam ao Ministério da Magia pelo Metrofloo. A imersão, a tecnologia e a riqueza dos detalhes impressionam até quem não é tão fã da saga. É como estar dentro dos livros e filmes, mas explorando capítulos inéditos da história.

A Universal Parks e sua equipe acertaram em cheio na experiência, especialmente na fila, que é longa, mas cheia de surpresas. Pelo caminho até o simulador, o visitante passa pela sala de pertences de Dolores Umbridge, onde o espanador se move sozinho, gatos miam por toda parte e a elfa Higgledy — que se une a Harry, Rony e Hermione na missão contra as forças do mal — aparece. Também há cartazes de “procurado” animados, um limpador de correspondências mágico, o hall dos ministros da magia e até o quadro investigativo de Dolores.

E claro, não poderia faltar a comida — o The Ministry Café traz pratos e drinks inspirados em personagens e tradições do mundo mágico, garantindo aquela pausa saborosa sem sair da vibe Potterhead. A ambientação sonora é outro espetáculo: música original, efeitos que simulam feitiços e mensagens que chegam para você como se fossem reais. E as surpresas não param, com aparições de personagens através de hologramas que deixam qualquer fã arrepiado.

Com essa área, a Universal vai além do parque temático. Ela cria um universo paralelo onde a magia não está só na decoração, mas em cada detalhe, fazendo qualquer fã se sentir um verdadeiro membro do universo mágico. Vale apontar, que o Wizarding World of Harry Potter – Ministry of Magic só possui duas atrações, o simulador mencionado e o Le Cirque Arcanus, que tem origem no universo expandido da franquia Animais Fantásticos. Ele aparece pela primeira vez no filme Os Crimes de Grindelwald (2018) como um circo bruxo itinerante, repleto de criaturas mágicas e artistas sobrenaturais.

No Epic Universe, o circo é retratado como um espetáculo sombrio e exótico que percorre o mundo apresentando criaturas raras e feitiços ao público bruxo. A ambientação transporta o visitante para Paris em 1927, exatamente como no filme, quando conhecemos Nagini — ainda em forma humana —, uma das atrações principais do circo. É também ali que o obscurial Credence Barebone aparece, antes de fugir. O espetáculo é comandado por Skender, um bruxo de aparência sinistra.

Na trama, a mala de Newt Scamander é roubada, e algumas de suas criaturas acabam sendo usadas como atrações no circo — um detalhe que conecta ainda mais o enredo do filme à experiência do parque. Vale muito a pena conferir, tanto pela estética impecável quanto pelos efeitos visuais impressionantes. Assim como a fila do simulador do Ministério da Magia, só caminhar pelo espaço do Le Cirque Arcanus já é uma atração por si só.

Jornada do Potterhead

A jornada mágica começa no Universal Islands of Adventure, onde nasceu, em 2010 (Divulgação/Universal)

Com a estreia oficial do Wizarding World of Harry Potter – Ministry of Magic no Epic Universe, a Universal Orlando expande o universo bruxo dentro do complexo. Essa é a terceira área dedicada exclusivamente à saga de J.K. Rowling, consolidando uma experiência contínua e multissensorial que conecta quatro parques diferentes da marca em Orlando. Um prato cheio para os fãs de Harry Potter.

A jornada mágica começa no Universal Islands of Adventure, onde nasceu, em 2010, o primeiro mundo bruxo dos parques: Hogsmeade. Com neve eterna nos telhados e uma réplica fiel do castelo de Hogwarts, essa região abriga atrações clássicas como o simulador Harry Potter and the Forbidden Journey e a montanha-russa Hagrid’s Magical Creatures Motorbike Adventure, na qual você pode pilotar a moto do próprio Hagrid em uma fuga repleta de criaturas mágicas. Ali também fica a estação de Hogsmeade do Expresso de Hogwarts — e não é só cenário: o trem leva os visitantes de um parque ao outro, recriando o percurso entre as áreas de Harry Potter. Para usar o Expresso, é preciso comprar a opção de ingresso Park-to-Park, que permite visitar mais de um parque no mesmo dia — essencial para quem quer andar no trem mais famoso da ficção.

O destino do trem é o Beco Diagonal, dentro do Universal Studios Florida, inaugurado em 2014. Por trás da fachada do Caldeirão Furado, o visitante encontra ruelas estreitas, vitrines cheias de varinhas, roupas e livros escolares, e a imponente fachada do Banco Gringotes. A atração principal, Harry Potter and the Escape from Gringotts, mistura montanha-russa e efeitos especiais em um passeio pelo subterrâneo do banco. E, para fechar com chave de ouro, o dragão que protege o cofre solta fogo real sobre os visitantes a cada 10 minutos.

Já no Epic Universe, o novo parque da Universal, o foco muda para o lado mais adulto e institucional do mundo bruxo: o Ministério da Magia. Inspirada no design Art Déco dos filmes de Animais Fantásticos e nos cenários do filme Harry Potter e a Ordem da Fênix, a nova área traz uma ambientação urbana europeia, com corredores secretos e a promessa de uma atração inédita que mistura ação e feitiçaria dentro do coração político do mundo mágico.

A história original dos livros de Harry Potter, escritos por J.K. Rowling, se passa entre 1991 e 1998, cobrindo os sete anos em que Harry estuda em Hogwarts, dos 11 aos 17 anos. Embora os livros não tragam datas explícitas, materiais oficiais da autora e da Warner Bros confirmam essa linha do tempo — incluindo a data de nascimento de Harry: 31 de julho de 1980. Ou seja, quando a história começa, em A Pedra Filosofal, Harry está prestes a completar 11 anos em 1991.

Detalhe do interior dos apartamentos no hall onde fica o Ministério da Magia (Ana Azevedo/M&E)

A franquia Animais Fantásticos, por sua vez, é uma prequela da saga, ambientada muitas décadas antes. O primeiro filme acontece em Nova York, em 1926; o segundo, Os Crimes de Grindelwald, em Paris, em 1927; e o terceiro, Os Segredos de Dumbledore, se estende pelos anos 1930, com cenas na Alemanha e no Butão. Nessa linha do tempo, o vilão em ascensão é Gellert Grindelwald, um bruxo das trevas que representa uma ameaça global antes mesmo da era Voldemort.

A personagem Dolores Umbridge aparece bem depois, no quinto livro da saga principal: Harry Potter e a Ordem da Fênix, ambientado em 1995. Funcionária do Ministério da Magia, ela se torna diretora autoritária de Hogwarts, lembrada por seus métodos opressivos — torturas psicológicas e físicas, repressão contra alunos e negação do retorno de Voldemort. Durante o controle do Ministério pelos Comensais da Morte, Umbridge ajudou na perseguição de bruxos nascidos trouxas (filhos de não-magos). Após a derrota de Voldemort, por volta de 1998, ela foi capturada, julgada e condenada por crimes contra os direitos dos nascidos trouxas.

Dito isso, por que a Universal decidiu misturar referências de diferentes períodos — como o Ministério da Magia britânico dos anos 90, a Paris de 1927 e até personagens como Umbridge — na nova área temática do Epic Universe? A resposta está na liberdade criativa e na proposta imersiva. A área “Ministry of Magic” foi criada como um espaço que conecta diferentes representações do mundo bruxo, incluindo tanto o Ministério da Magia britânico dos filmes de Harry Potter quanto o Ministério da Magia francês de Animais Fantásticos. A ideia é construir um universo mágico global, onde várias culturas bruxas coexistem, mesmo que essa coexistência não ocorra cronologicamente nos filmes e livros.

Nesse cenário, personagens de épocas diferentes — como a própria Umbridge — aparecem juntos, compondo um grande “crossover” temático. A intenção não é seguir a cronologia à risca, mas proporcionar uma experiência rica, nostálgica e diversificada, que atraia fãs de todas as fases da franquia, do público mais jovem que cresceu com Animais Fantásticos aos adultos que leram os livros de Harry Potter nos anos 1990 e 2000.

E não para por aí: quem quiser estender a magia pode curtir a temática nos próprios hotéis do complexo — como o Universal Helios Grand Hotel, que tem vista direta para o Celestial Park do Epic Universe — e aproveitar opções de ingressos que facilitam essa maratona bruxa. Já estão à venda os pacotes Explore 2025, que oferecem 14 dias consecutivos de acesso aos três parques atuais (Studios, Islands e Volcano Bay) e um dia garantido no Epic Universe.

Com a abertura do Epic Universe, o que já era uma experiência inesquecível para os fãs se torna uma verdadeira saga: da compra da varinha em Ollivanders à travessia pelas chamas verdes da lareira do Ministério da Magia, cada parque acrescenta novas camadas ao universo de Harry Potter, conectando gerações em uma aventura contínua. É como se o passaporte fosse uma chave para um portal mágico.



Ingressos Universal Parks

Ingressos diários exclusivos para o Epic Universe custarão entre US$ 164 e US$ 189 na alta temporada (Ana Azevedo/M&E)

A Universal Orlando lançou em outubro de 2024 os ingressos para o Epic Universe, com opções que atendem a todos os perfis de visitantes. O destaque é o ingresso Explorer 2025, que oferece 14 dias consecutivos de acesso ilimitado ao Universal Studios Florida, Universal Islands of Adventure e Universal Volcano Bay, além de um dia exclusivo para o Epic Universe.

Outra opção é o ingresso Multi-Day, válido por três dias, sendo dois para os parques Studios e Islands, e um para o Epic Universe. É possível incluir o Volcano Bay, com acesso a todos os quatro parques. A partir de 1º de junho de 2025, estarão disponíveis ingressos para dois dias, com um dia dedicado ao Epic Universe e outro para o Studios e/ou Islands. Ingressos diários exclusivos para o Epic Universe custarão entre US$ 164 e US$ 189 na alta temporada (junho a agosto), e a partir de US$ 139 em setembro.

Para o mercado brasileiro, o ingresso exclusivo 3-Park Explorer permite 14 dias consecutivos de acesso ao Universal Studios Florida, Islands of Adventure e Volcano Bay, com agendamento prévio obrigatório desde 1º de janeiro de 2025, conforme a política universal de ingressos datados. Em 2026, o ingresso All Parks Ticket substituirá o Explorer 2025, permitindo até 14 dias de acesso ilimitado aos quatro parques, incluindo o Epic Universe. Essas opções oferecem alternativas para diferentes tipos de visitantes, desde os que querem uma experiência rápida até os que desejam explorar o complexo com calma, sendo recomendável comprar ingressos antecipadamente, especialmente em alta temporada.

Epic Universe

Entrada do público no Epic Universe (Ana Azevedo/M&E)

O Epic Universe é o novo parque temático da Universal Orlando Resort, com abertura oficial marcada para 22 de maio de 2025. São cinco mundos temáticos que prometem uma experiência imersiva e integrada. Os ingressos variam entre bilhetes de um dia e passes anuais, incluindo benefícios como acesso antecipado e experiências exclusivas. É o primeiro grande parque construído pela Universal em quase 30 anos, com investimento total de cerca de US$ 5,3 bilhões, incluindo construção, infraestrutura e desenvolvimento do complexo.

O parque ocupa cerca de 110 acres dentro de um complexo total de 750 acres, que abriga hotéis, infraestrutura de suporte e espaço para futuras expansões. Entre seus diferenciais estão o uso avançado de tecnologia, narrativas imersivas, integração harmoniosa entre as áreas temáticas e infraestrutura robusta para ampliar a estadia e o conforto dos visitantes.

GALERIA:

*O M&E viaja com proteção da GTA e apoio da Shift Mobilidade.