Corrosão fiscal e do dólar nos EUA: Bitcoin se valoriza 18% no ano e deve subir mais

O Bitcoin (BTC) atingiu um novo recorde histórico, ultrapassando a marca de US$ 110 mil. Esse movimento ascendente é impulsionado por uma combinação de fatores, incluindo o aumento da demanda institucional por ETFs de Bitcoin nos Estados Unidos, o otimismo em relação à regulamentação do setor e preocupações com a saúde fiscal americana. Na segunda-feira (19), os ETFs à vista de Bitcoin negociados nos EUA registraram uma entrada líquida de US$ 667 milhões, totalizando US$ 3,3 bilhões apenas em maio, conforme dados da SoSoValue.

Além disso, a recente aprovação de uma nova legislação voltada para stablecoins pelo Senado americano e a deterioração dos déficits fiscal e comercial dos EUA têm minado a confiança no dólar. Segundo análise, essa erosão do status do dólar como reserva global está acelerando, posicionando o Bitcoin como uma reserva de valor supranacional e imune a sanções. A análise projeta que a reconfiguração dos fluxos de capital globais pode adicionar até US$ 1,2 trilhão ao valor de mercado do BTC.

Este cenário de valorização do Bitcoin, sustentado por fatores macroeconômicos e institucionais, estabelece um contexto propício para uma análise técnica detalhada. A seguir, examinaremos os principais pontos de suporte e resistência do BTC/USD, considerando tanto o curto quanto o médio prazo, para entender melhor as perspectivas futuras desse ativo digital.

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Para entender até onde o preço do Bitcoin pode ir, confira a análise técnica completa e os principais pontos de suporte e resistência.

Análise técnica do dólar futuro

A movimentação recente do Bitcoin no gráfico diário reforça a manutenção da tendência de alta no curto prazo. Desde que atingiu a mínima do ano em US$ 74.393, o ativo engatou uma sequência consistente de valorização, marcada por força compradora significativa, que culminou no rompimento da máxima histórica anterior, em US$ 109.350.

Atualmente, o BTC é negociado acima da região dos US$ 110 mil, o que mantém o viés altista intacto e abre espaço para novas renovações de topo. Caso o movimento positivo se sustente, os próximos objetivos de curto prazo estão nas faixas de US$ 110.470 e US$ 112.540, com alvos mais ambiciosos entre US$ 115.180 e US$ 116.635, podendo chegar até US$ 120.000.

Por outro lado, um sinal de reversão ou correção inicial exigiria o rompimento para baixo da antiga máxima histórica, agora convertida em suporte, nos US$ 109.350. Abaixo disso, as próximas zonas de suporte ficam em US$ 107.775 e US$ 102.220, com suportes mais relevantes em US$ 98.000 e US$ 92.950.

Fonte: TradingView. Gráfico diário. Elaboração: Rodrigo Paz

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Análise de médio prazo

No gráfico semanal, o cenário permanece robustamente positivo. O BTC acumula sua sétima semana consecutiva de alta, renovando a máxima histórica ao superar os US$ 109.350 e atingindo novas máximas acima dos US$ 110 mil. Este movimento de rompimento ganhou força após a formação de um fundo importante em US$ 74.393, mínima registrada neste ano, que serviu de ponto de inflexão para a entrada de um fluxo comprador expressivo.

No acumulado de maio, a criptomoeda já sobe 17%, enquanto em 2025 registra valorização de 18,51%. O rompimento da máxima histórica sinaliza que o movimento de alta ainda pode se estender, desde que sustentado por volume comprador. Os próximos alvos projetados se encontram nas regiões de US$ 116.870 e US$ 121.885, com alvos mais longos em US$ 133.100 e US$ 134.460.

Para que o ativo entre em um ciclo de correção mais pronunciado no médio prazo, seria necessário perder novamente a região dos US$ 109.350, abrindo espaço para recuos com suportes em US$ 102.220 e US$ 98.000. Alvos de correção mais amplos estão localizados em US$ 92.950, US$ 88.720, e no fundo anterior, em US$ 81.000/US$ 74.393.

Enquanto o cenário atual se sustentar acima dos suportes mencionados e com manutenção de volume, sigo com viés positivo para o Bitcoin, tanto no curto quanto no médio prazo.

Fonte: TradingView. Gráfico semanal. Elaboração: Rodrigo Paz

Suportes e resistências do dólar futuro

Suportes:

  • US$ 109.350 – antiga máxima histórica, agora suporte imediato
  • US$ 107.775 – suporte relevante no curto prazo
  • US$ 102.220 / US$ 98.000 – zonas de suporte intermediárias
  • US$ 92.950 / US$ 88.720 – suportes de médio prazo
  • US$ 81.000 / US$ 74.393 – fundo do ano, suporte mais importante da tendência atual

Resistências:

  • US$ 110.470 – resistência imediata no curto prazo
  • US$ 112.540 – próximo alvo projetado
  • US$ 115.180 / US$ 116.635 – alvos intermediários com potencial de trava
  • US$ 116.870 / US$ 121.885 – regiões mais relevantes no médio prazo
  • US$ 133.100 / US$ 134.460 – projeções de longo prazo em caso de continuidade da tendência

(Rodrigo Paz é analista técnico)

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