Vitória de Trump: Câmara dos EUA aprova projeto de corte de impostos

Em uma vitória do governo do presidente Donald Trump, a Câmara dos Representantes dos Estados Unidos aprovou, na manhã desta quinta-feira (22/5), o projeto que traz um pacote de medidas de corte de impostos e gastos, uma das bandeiras da atual administração.

O texto foi aprovado em uma votação muito apertada, com 215 votos favoráveis e 214 contrários. Após a aprovação pelos deputados, a proposta agora será encaminhada ao Senado.

Na última terça-feira (20/5), Trump havia afirmado que poderia haver um aumento significativo de impostos no país caso o projeto tributário apresentado por seu governo não fosse aprovado pelo Legislativo.

“A alternativa [ao projeto] é um aumento de impostos de 68%. E você pode culpar os democratas por isso, um ou dois fanfarrões [congressistas do Partido Democrata, de oposição]”, afirmou Trump.

Segundo o presidente dos EUA, o projeto apresentado por sua administração e que vem sendo discutido no Congresso prevê “o maior corte de impostos da história do país”.

Preocupação fiscal

De acordo com economistas, o projeto pode acrescentar de US$ 3 trilhões a US$ 5 trilhões à dívida dos EUA, de US$ 36,2 trilhões, ao longo da próxima década.

Segundo a Moody’s, uma das principais agências de classificação de risco do mundo, a dívida dos EUA pode atingir 134% do Produto Interno Bruto (PIB) do país até 2035. A agência rebaixou a nota de crédito norte-americana.

O que diz o projeto

A proposta da Casa Branca prorroga os cortes de impostos implementados por Trump em seu primeiro mandato, entre 2017 e 2021, reduz os impostos sobre a renda de horas extras, aumenta gastos com defesa e fornece mais fundos para a política de controle das fronteiras.

Críticos do projeto, inclusive dentro do Partido Republicano, defendem que o governo banque cortes maiores no programa de saúde Medicaid para norte-americanos de baixa renda, além da revogação completa dos chamados “créditos fiscais verdes”, instituídos pelos democratas.

Na última sexta-feira (16/5), quatro parlamentares do Partido Republicano, de Trump, haviam bloqueado a tramitação do projeto na Comissão de Orçamento da Câmara dos Representantes. Após negociarem com o governo, eles permitiram que a proposta avançasse.

“Não vamos cortar nada significativo [em programas sociais]. Não vou mudar o Medicaid, o Medicare ou a Previdência Social”, afirmou Trump.

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