Promoter foi agredida pelo ex-marido 1 mês antes de ser assassinada

Preso pelo feminicídio da promotora de eventos Amanda Caroline de Almeida, o autônomo Carlos Eduardo Ribeiro deu um soco e tentou enforcar a ex-companheira em abril deste ano, dias depois do término do relacionamento de 16 anos do casal. O homem de 35 anos foi preso na noite dessa quarta-feira (21/5) após confessar ter matado Amanda, de 32, asfixiada e jogado o seu corpo no Rio Tietê. Ela estava desaparecida desde domingo (18/5), quando foi vista pela última vez em Osasco, na Grande São Paulo.

De acordo com o boletim de ocorrência, ao qual o Metrópoles teve acesso, Amanda confidenciou à prima, que foi ouvida pela polícia, que Carlos Eduardo a teria agredido no início de abril. Segundo o relato, os dois tinham acabado de terminar o relacionamento e o homem a convidou para sair.

Após pedir para que Amanda dormisse em sua casa e a mulher ter negado, os dois começaram a discutir dentro do carro e Carlos Eduardo desferiu um soco no rosto dela e ainda apertou o seu pescoço. Ele só teria parado de agredi-la quando uma pessoa desconhecida viu a ação e gritou.

A prima afirmou que sabia que o relacionamento dos dois era conturbado e que tinha conhecimento de outros episódios de agressões físicas dele contra ela, mas que Amanda nunca quis denunciá-lo.

A polícia também ouviu um amigo de infância da promoter, com quem ela passou a noite de domingo para segunda (19/5). Amanda também lhe contou sobre o episódio da agressão física, afirmando que Carlos Eduardo “quase a matou”. De acordo com o depoimento, ela disse que nunca o denunciou em razão dos filhos dos dois e porque ele já “respondia por um B.O.”.

Dinâmica do crime

Segundo o depoimento do amigo, ele deixou Amanda próximo à casa dela por volta das 7h da manhã de segunda-feira, quando ambos notaram o carro de Carlos Eduardo parado na esquina. Temendo um possível confronto, Amanda pediu para descer em uma rua próxima. Depois disso, a mulher foi dada como desaparecida.

Nessa quarta-feira (21/5), a polícia confrontou Carlos Eduardo com imagens de câmera de segurança que o mostram com outro indivíduo entrando e saindo da casa de Amanda carregando uma espécie de sacola, “de proporções compatíveis em conter um corpo humano”, segundo a polícia. Os dois colocaram a sacola no porta-malas do carro, um Fiat Palio prata.

Confrontado, o homem confessou “em detalhes e em amiúde” ter matado a ex-companheira asfixiada e depois ter jogado o corpo nas águas do Rio Tietê. Ele foi preso em flagrante por feminicídio e ocultação de cadáver no bairro Aliança, em Osasco. Em nota, a Secretaria da Segurança Pública (SSP) informou que ele foi encaminhado ao 4º Distrito Policial da cidade, onde permaneceu à disposição da Justiça.

O relacionamento do casal durou 16 anos e terminou há cerca de dois meses. Juntos, os dois têm três filhos, uma de 14 anos, um de 7 e outro de 5. Nessa quarta, além de te ouvido o ex-marido, a Polícia Civil fez perícia no carro dele.

O corpo de Amanda Caroline ainda não foi encontrado. Segundo a SSP, a polícia trabalha para encontrá-la e requisitou exames periciais para auxiliar no esclarecimento das circunstâncias do crime.

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