Nio estreia com preços congelados até 2028 para disputar mercado de banda larga

A Nio, operadora de banda larga controlada pela V.tal, empresa de infraestrutura em telecomunicações, estreia no mercado com uma estratégia agressiva. Vai congelar o preço dos planos de internet fibra até janeiro de 2018. A empresa é oriunda da Oi Fibra, vendida à V.tal em uma transação de R$ 5,7 bilhões, concluída no último mês de fevereiro. Já nasce com uma base de aproximadamente 4 milhões de clientes, presença em todo país e liderança de mercado em 14 estados, mais o Distrito Federal.

“Estamos chegando um pouco mais tarde na festa. Tem mais de 10 mil operadoras [de banda larga] no Brasil, então precisávamos chegar com uma coisa nova”, afirmou Marcio Fabbris, CEO da Nio, em encontro com jornalistas para apresentar a nova marca. O executivo, porém, garantiu: “não vamos entrar em guerra de preço”.

Nesse primeiro momento, a Nio vai trabalhar com apenas três planos de internet fibra:

  • O mais barato custa R$100 por mês, com velocidade de 500 mega.
  • O intermediário tem mensalidade de R$ 130, velocidade de 700 mega com roteador Wi-Fi6 e dá acesso gratuito, por 12 meses, à plataforma de streaming GloboPlay.
  • Esses também são benefícios do plano mais caro, que tem 1 giga de velocidade, com direito a ponto adicional, por R$ 160 ao mês.

“Não estamos entrando com preços mais baixos do que o mercado pratica. Estamos no patamar mínimo de rentabilidade. Vender abaixo de 100 reais seria uma temeridade”, disse Fabbris.

“Nesse momento em que a inflação pode sair do controle ou não, a gente teve coragem de ir no cerne da questão e dar tranquilidade aos clientes, oferecendo essa novidade”, complementou.

Marcio Fabbris, CEO da Nio (Foto: Divulgação)

Estratégia partiu de muita análise financeira

Ao congelar preços, a Nio quer evitar quer poupar os clientes de ligar para o call center da empresa para negociar reajustes de preços nas mensalidades. Além de diminuir a demanda atendimento – o que reduz custos – também são menores as chances do assinante migrar para a concorrência, segundo Fabbris. “A gente quer apostar numa maior vida do cliente na nossa base”.

O CEO da Nio diz que a estratégia partiu de muita análise financeira. Segundo ele, a empresa vai buscar lucro adequado à operação, mesmo congelando mensalidades por quase três anos. A empresa aluga a rede neutra de fibra óptica de sua controladora, a V.tal e não tem interesse em construir estrutura própria, portanto não há grandes investimentos no horizonte.

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No curto prazo, a Nio quer ampliar parcerias com outras plataformas de streaming para oferecer aos assinantes. Existe também o desejo de entrar em serviço móvel, como complemento à fibra óptica, mas Fabbris já adiantou que a empresa não vai comprar frequência ou construir rede. “Precisamos de parceria”, disse.

A Oi Fibra trabalhava com sete tipos de plano. Os clientes que migraram para a Nio não são obrigados a aderir aos novos pacotes, mas esse é um desejo da empresa, que mesmo não tendo um target, espera que sua base cresça acima da média do mercado.

Junto com os planos, a Nio também vai centralizar o suporte ao cliente em um único aplicativo.

A Oi vendeu sua operação de banda a larga à V.Tal em uma operação envolvendo equity e não dinheiro. Com isso, a ex-empresa de telefonia móvel passou a ter uma participação de 27,5% na controlada da Nio.

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