Em evento de Derrite, Tarcísio lança frente anti-Lula para 2026

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), aproveitou o evento de filiação do secretário de Segurança Pública do Estado, Guilherme Derrite, ao PP, nesta quinta-feira (22/5), para “lançar” a frente política que disputará a presidência da República contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em 2026.

Ao enaltecer a figura de Derrite e fazer coro à candidatura do auxiliar ao Senado no próximo ano, Tarcísio falou do “simbolismo” do evento, que reuniu os presidentes nacionais do PL, PP, União Brasil e PSD, além de diversos deputados e senadores, em um “ensaio” da aliança que pode ser formar para a disputa pelo Palácio do Planalto no próximo ano.

“Tem outra coisa que é importante e não pode sair despercebido. É o simbolismo dessa reunião aqui. É a quantidade de lideranças que nós temos aqui, do Brasil inteiro. Para quem duvida que esse grupo estará junto no ano que vem, eu digo para vocês: esse grupo estará unido. Esse grupo vai ser forte. Esse grupo tem projeto para o Brasil e sabe o caminho”, afirmou Tarcísio.

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O governador disse ainda que no atual momento “tem muita gente em Brasília que está perdida e não sabe o caminho”. “As decisões são tomadas de forma casuística, às vezes, até de forma irresponsável. Tem um grupo aqui que está unido, que sabe o caminho e que pensa o Brasil 24 horas por dia”, afirmou o chefe do Executivo paulista.

Em seu discurso, o presidente nacional do PP, senador Ciro Nogueira, disse que o Brasil vai “chamar Tarcísio agora ou em 2030”, em alusão à possível candidatura do governador à Presidência da República.

“Elegemos um governador para ser exemplo para o Brasil. E é por isso que talvez o Brasil vá chamar o governador Tarcísio. Ou agora ou em 2030. Quem vai decidir isso é o povo de São Paulo e do Brasil. Mas pode ter toda certeza, que se houver essa decisão, governador, estaremos, tanto o União Brasil quanto o Progressistas, ao lado do Brasil”, discursou o presidente nacional do PP, que neste mês firmou a formação de uma federação com o União Brasil.

Mais cedo, ao ser questionado por jornalistas, Ciro Nogueira afirmou que vai “insistir até o fim” com a candidatura de Jair Bolsonaro (PL), mas que qualquer candidato apoiado pelo ex-presidente seria competitivo.

“Vamos insistir até o fim com a candidatura do Bolsonaro. Se isso não ocorrer, a dona Michelle [Bolsonaro, ex-primeira-dama] ganharia bem a eleição do Lula. Tarcísio ganharia fácil, acho que os filhos estão muito fortes. Qualquer nome apoiado pelo Bolsonaro é muito competitivo. A dona Michelle não tenho nem dúvidas que ganharia essa eleição com muita facilidade”, disse o cacique.

A aliados, Tarcísio tem dito que quer a reeleição no estado e que vai apoiar a candidatura do padrinho político Jair Bolsonaro (PL), mesmo o ex-presidente estando inelegível. A provável não candidatura de Bolsonaro, no entanto, tem alimentado as articulações nos bastidores sobre quem será o candidato do grupo em 2026.

“O projeto dele [Tarcísio] para 2026 é a reeleição. Os projetos dele são para 6, 7 ou 8 anos. Mas na política as coisas podem mudar, claro que nenhuma hipótese está descartada. Mas hoje o projeto político do governador e desse grupo que se fez presente aqui é de reeleição do governador”, disse Derrite.

A mudança de Derrite do PL para o PP também mira na eleição do próximo ano. Isso porque a costura entre os partidos prevê que o secretário da Segurança Pública seja um dos candidatos do bolsonarismo ao Senado, ao lado do deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro, que está nos EUA, mas que tem o retorno previsto para julho, segundo Valdemar Costa Neto, presidente nacional do PL.

O presidente do PP, Ciro Nogueira, no entanto, sinalizou durante o evento que, caso Tarcísio saia à presidência da República em 2026, a federação PP-União defenderá o nome de Derrite como candidato ao Palácio dos Bandeirantes.

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