Dengue: 73% das larvas coletadas e analisadas em Santa Bárbara d’Oeste são do Aedes aegypti


Cidade lidera ranking de óbitos pela doença na região de cobertura do g1 Piracicaba (SP) com 18 vidas perdidas em 2025. Água parada em lona
Divulgação/FVS-RCP
Santa Bárbara d’Oeste (SP), cidade responsável por 75% das mortes por dengue em 2025 na área de cobertura do g1 Piracicaba (SP), afirmou que 73% das larvas coletadas e analisadas no município são de Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya.
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O restante das larvas analisadas, correspondente a 27%, é formado por mosquitos, pernilongos e muriçocas. A informação foi divulgada pela prefeitura local na noite desta quinta-feira (22).
Vasos e baldes lideram focos
A prefeitura informou que os agentes do Setor de Combate de Vetores do Departamento de Vigilância em Zoonoses (DVZ) encontraram 20 mil recipientes com água parada desde o início do ano. Desse montante, 298 continham larvas de mosquito. Confira os locais mais comuns:
vasos de plantas com pratinhos;
vasos de plantas sem a devida drenagem;
plantas mantidas diretamente na água;
baldes com água parada;
lonas para cobrir objetos;
Os recipientes com água e com larvas são eliminados no momento da visita, tratados com larvicida quando há impossibilidade de remoção imediata, ou uma nova vistoria é realizada para verificar a eliminação dos mesmos.
Larvas em pneu com água parada
Reprodução/EPTV
75% das mortes por dengue na região
Piracicaba registrou duas mortes por dengue em 2025. A cidade é a maior das 18 que compõem a área de cobertura do g1 regional. Limeira, a segunda maior, ainda não teve morte confirmada. Já Santa Bárbara, a terceira em população, somou 18 vidas perdidas de janeiro a 23 de maio de 2025. O número equivale a 75% das mortes na região.
Questionado sobre o cenário, o Diretor de Políticas Públicas em Saúde, Thiago Salomão de Azevedo, afirmou que não é correto comparar Santa Bárbara com essas cidades próximas. Além disso, atrelou o aumento de mortes por dengue no município com a circulação do sorotipo 3 (DENV-3) da dengue e a saída recente da pandemia da covid-19.
“Se eu tenho um número maior de suscetíveis com um sorotipo novo circulando, eu tendo a ter mais casos. Existe uma prerrogativa que é esperado a cada mil casos, um óbito. Só que temos percebido nos últimos anos, o Brasil como um todo, essa proporção diminuiu. Estamos imaginando mais ou menos 500, 600, 800 [casos para um óbito].”, afirma em entrevista divulgada pelo g1 em 21 de maio.
Os primeiros cinco meses de 2025 já ultrapassaram a marca de 12 mortes por dengue registradas no município em 2024, segundo dados do Painel de Monitoramento das Arboviroses do Ministério da Saúde.
Larvas do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue
Reprodução/TV TEM
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