Novo módulo da Estação de Tratamento de Esgoto Mato Grande deve começar a funcionar em dois meses

Com capacidade de tratar 260 litros por segundo, a Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) Mato Grande, em Canoas, deve contar com um novo módulo dentro de 60 dias. Este é o prazo trabalhado pela Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan) para ampliar sua capacidade de coleta e tratamento dos efluentes no município.

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ETE Mato Grande é única que trata o esgoto em Canoas



ETE Mato Grande é única que trata o esgoto em Canoas

Foto: Nicole Goulart/Especial

A obra, iniciada antes da assinatura da Parceria Público Privada (PPP) com a Ambiental Metrosul em 2020, aguarda vistorias e emissão de licenças, como a de segurança do trabalho, para operar. O novo módulo consegue tratar 320 litros por segundo, mais do que dobrando a capacidade da estação.

“Ele está em fase de finalização. Basicamente está tudo pronto. Após as liberações, podemos começar a comissionar. Isso significa colocar em funcionamento para iniciar o tratamento, tenha condições de remover a matéria orgânica dentro das especificações da legislação. Assim podemos colocar ele em operação definitiva”, explica o coordenador de operações Rodrigo Krentz.

A ampliação e modernização do espaço é uma das frentes de trabalho da Corsan para atingir a porcentagem de cobertura definida pelo Marco Legal do Saneamento, descrito na Lei nº 14.026/2020. “É para atender a meta de 90%, com capacidade teórica para 100%”, destaca Krentz. 

“O novo módulo é também já pensando no futuro, no aumento da população”, ressalta a gerente de Relações Institucionais da Região Metropolitana, Renata Rohde. Dessa forma, a modernização é necessária já que o projeto da estação foi pensando em 1976, mas inaugurado somente em 1998. O espaço é o único de tratamento de esgoto em Canoas, que conta outras duas Estações de Tratamento de Água (ETAs), localizadas nos bairros Rio Branco e Niterói. 

De olho no aumento da demanda 

Além do aumento da população, o novo módulo também visa a crescimento de residências ligadas às redes da Corsan. Atualmente, Canoas conta com uma cobertura de 53%. “A estação serve para garantir que o Marco do Saneamento seja atendido. Vai chegar um momento, daqui a um ano, talvez dois, que essa parte que existe hoje não vai ser o suficiente para conseguir tratar todo o esgoto que estará entrando. Por isso, é de extrema importância. Eu diria imprescindível”, define Krentz. 

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Rodrigo Krentz mostra a diferente do esgoto não tratado para o tratado



Rodrigo Krentz mostra a diferente do esgoto não tratado para o tratado

Foto: Nicole Goulart/Especial

“A operação dela vai ser intrínseco do que já fazemos hoje. Não vamos mudar a metodologia. Apenas vamos agregar um aumento de capacidade. Toda a parte operacional segue a mesma”, frisa o coordenador de operações. 

Junto com a obra da ETE, outras ações também são citada pela empresa como parte das melhorias. Recentemente, foram instaladas três elevatórias no bairro Niterói e no loteamento João de Barro. Os equipamentos são necessários para bombear o esgoto de um lugar mais baixo para o mais alto, garantindo que siga o curso dentro da rede.

Portas Abertas 

Além disso, foram feitas 1,7 mil ligações, aumentando o índice de cobertura da coleta e tratamento de esgoto. Em Canoas, o efluente já tratado segue por um valo de captação e é dispensado no Arroio Araçá, seguindo pelos rios dos Sinos e Guaíba.

Todo o caminho percorrido pelo esgoto pode ser visto de perto através do projeto Portas Abertas que oferece uma visitação guiada. É possível ver de perto os processos de gradeamento, desarenação e os tanques de decantação.

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