Reunião de líderes de 20 países discute criação do Estado palestino

A Espanha recebe representantes de 20 países para discutir a criação de um Estado palestino e a paz no Oriente Médio. O Brasil é representado pelo ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, que discursou neste domingo (25/5).

“Hoje em Madrid, junto com mais de 20 países e organizações internacionais, a Espanha reafirmou seu compromisso com a solução dos Estados para a paz no Oriente Médio”, escreveu o ministro das Relações Exteriores da Espanha, José Manuel Albares Bueno.

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O país propôs a adoção de um embargo à venda de armas para Israel. A medida visa pressionar o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, a pôr um freio nos ataques contra o território palestino.

O encontro, que ocorreu em Madrid, contou com a presença, por exemplo, de líderes da Alemanha, Arábia Saudita, Egito, Eslovênia, Espanha, França, Grã-Bretanha, Irlanda, Islândia, Itália, Jordânia, Marrocos, Noruega e Turquia.

Mauro Vieira: “Massacre”

Mauro Vieira chamou a guerra na Faixa de Gaza de “massacre” e criticou o que, segundo ele, seria uma inação da comunidade internacional. “Na verdade, ninguém poderá alegar desconhecimento sobre as atrocidades em curso, transmitidas diariamente ao vivo pelos meios de comunicação.”

“Nenhum interesse nacional, nenhuma consideração de política doméstica justificam o silêncio diante de crimes que erodem os alicerces do ordenamento jurídico internacional”, completou o ministro das Relações Exteriores do Brasil.

Faixa de Gaza

Os ataques de Israel contra a Faixa de Gaza se intensificaram depois que integrantes do Hamas invadiram o território israelense em 7 de outubro de 2023, o episódio culminou com a morte de mais de mil pessoas.

Desde então, segundo o Ministério da Saúde de Gaza, mais de 46 mil palestinos foram mortos por causa das ações militares de Israel no território.

Na última sexta-feira (23/5), um ataque à cidade de Khan Younis, no sul da Faixa de Gaza, terminou com a morte de nove dos 10 filhos da médica palestina Alaa Al-Najjar. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) chamou o episódio de “covarde” e “vergonhoso”.

“É mais um ato vergonhoso e covarde. Seu único filho sobrevivente e seu marido, também médico, seguem internados em estado crítico”, disse o chefe do Palácio do Planalto.

O Brasil tem defendido o fim do conflito no Oriente Médio, com a criação de um Estado palestino.

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