
Operações do porto foram suspensas pela primeira vez na história no dia 23 de setembro, quando o Madeira atingiu 25 centímetros. Porto de cargas de Porto Velho
Rede Amazônica
Depois de passar cerca de dois meses paralisado em razão da seca extrema do rio Madeira, o Porto Organizado voltou a operar com normalidade na última semana, em Porto Velho.
A partir da segunda quinzena de novembro, quando o rio começou a subir, as movimentações de cargas foram retomadas. No entanto, as atividades foram totalmente normalizadas somente na última semana.
No início de novembro, o cenário começou a mudar e o rio ficou acima de 1 metro depois de passar mais de um mês batendo recordes de mínimas históricas. As chuvas nas cabeceiras na Bolívia e no Peru, responsáveis por 70% da vazão do rio Madeira, contribuíram para a recuperação gradual do nível das águas.
Os transportes foram suspensos após diversos incidentes envolvendo embarcações por causa da seca:
Uma balsa carregada com cerca de 400 motocicletas ficou encalhada no rio Madeira por cerca de dois meses. A viagem, em condições normais, dura, em média, 15 dias.
Em setembro, uma balsa que transportava veículos afundou parcialmente depois de colidir com pedras que apareceram no Rio Madeira com a seca extrema.
Para setembro, a previsão era que o Porto Organizado movimentasse 100 mil toneladas. No entanto, o volume foi frustrado pela crise hídrica. Segundo a Sociedade de Portos e Hidrovias de Rondônia (SOPH), administradora do Porto, ainda não há um levantamento do impacto na movimentação de cargas.
Impacto na geração de energia
Em setembro, as hidrelétricas de Jirau e Santo Antônio, instaladas no rio Madeira, precisaram reduzir a capacidade em razão da seca extrema na região. Com o nível do Rio Madeira subindo gradativamente, ambas voltaram a funcionar com pelo menos metade das unidades geradoras.
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Arte g1